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Risco que só aumenta na Plataforma Sul

Local interditado pela Defesa Civil continua sendo utilizada por pescadores e veranistas. Associados reclamam de falta de solução
Por Lucas Renan Domingos Balneário Rincão, SC, 28/01/2019 - 07:48

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O risco é iminente. Pilares com ferragens à mostra, estrutura torta e comprometida. É essa a visão de quem observa as condições da Plataforma Sul do Balneário Rincão. O perigo está ali, sob os olhos de quem passa. Mesmo assim, muitos se arriscam. São pescadores, veranistas, todos ignorando o alerta em uma das placas fixadas pela Defesa Civil.  

Quem está por ali sabe dos riscos. A circulação na plataforma foi impedida há três anos. A antiga administração do Balneário Rincão chegou a derrubar a rampa de acesso, mas uma escada de madeira foi improvisada.

"Não vão parar, não adianta”, disse um dos associados da plataforma que não quis se identificar. “A gente não julga a atitude, só que isso está abandonado e a forma como interditaram foi errada”, apontou. Segundo ele, faltou diálogo para que a situação fosse resolvida de uma maneira mais tranquila. 

Tentativa de reforma

“Vieram aqui, derrubaram o acesso, só falam que vão multar a gente e levantar a voz. Nossa opção ninguém quer ouvir”, destacou o sócio. Ele conta que a associação se reuniu para tentar recuperar o local. Alguns dos pilares, chegaram a ter as obras de restauração iniciada. “Com a interdição, nem isso podemos dar continuidade. Ao mesmo tempo ninguém dá uma solução”, acrescentou o associado. 

Ele argumenta que entende a necessidade do alerta, mas muitas pessoas que ali estão dependem da estrutura até para trabalhar. “É o caso dos pescadores”, frisou. Ao lado dele, estava mais um morador do balneário que acabou impactado pela interdição. “Agora diminuiu muito o número de pescadores. Antes eu vendia isca para eles, era uma forma de eu ganhar um dinheiro, hoje não consigo mais”, contou. Ele também não quis se identificar.

Enquanto a reportagem do Jornal A Tribuna esteve no local, foi possível flagrar alguns pescadores na ponta da plataforma atirando suas iscas ao mar, sem preocupações. Os veranistas também se abrigavam na sombra projetada pela estrutura. “Mas isso aqui é uma bomba-relógio, uma hora vai dar problema. Infelizmente está nesta dificuldade aí. Tem gente que precisa, tem gente que quer que ninguém suba e fica essa indecisão”, reclamou outro pescador.

Promessas de novas atitudes

O coordenador da Defesa Civil de Balneário Rincão, Airton Ferreira, aponta que, até o momento, o órgão e a Prefeitura de Balneário Rincão fizeram o possível para evitar que algo de mais grave aconteça. “Interditamos, tiramos as escadas, colocamos tapumes, orientamos o pessoal a não entrar no local, mas não adianta. No dia seguinte eles entram de novo”, disparou. 

De acordo com Ferreira, não é possível definir com exatidão qual o risco da estrutura desabar. “Pode acontecer a qualquer momento, como pode não acontecer. Hoje está nesta situação. Para bater o martelo se tem a chance de cair, precisaria de uma análise mais aprofundada. E não temos, no momento, uma previsão de quando esse estudo vai ocorrer”, salientou.

Porém, tanto a prefeitura quanto a Defesa Civil esperam dar novos encaminhamentos para o caso ainda este ano. “Devo ter uma reunião nos próximos dias sobre isso. Talvez evolua alguma coisa. É, sim, uma preocupação nossa e precisamos tomar novas atitudes”, disse Ferreira.

“Não sabemos ao certo o que será daquele local, quais rumos iremos tomar. Mas é certo que precisamos estar atentos. Este ano vamos tentar caminhar em busca da solução para este problema. Esperamos conseguir”, ressaltou o prefeito de Balneário Rincão, Jairo Custódio. 

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