Notícia atualizada às 17h40
O Sul de Santa Catarina chegou a 151 casos prováveis de dengue em 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde atualizados nessa terça-feira (20). O número representa um aumento de 619% em relação ao ano passado, quando havia 21 no mesmo período. Ainda assim, a região é uma das menos afetadas de Santa Catarina, que tem 17.125 casos prováveis. Não há registro de mortes no Sul.
A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, informou que Santa Catarina decretará situação de emergência por causa do aumento no número de casos. A medida foi anunciada por ela em entrevista ao SCC SBT. O decreto deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (22).
O estado concentra os casos sobretudo na região de Joinville, cidade de cinco dos oito óbitos registrados em Santa Catarina. Os outros são em São Francisco do Sul, Araquari e Itajaí.
“Estamos trabalhando desde o ano passado em ações de prevenção juntamente com os municípios. Os casos aumentaram em todo o país e nós estamos em alerta. O governo repassou no ano passado R$ 15 milhões aos municípios e nos próximos dias iremos enviar mais R$ 5 milhões para as ações de combate municipais. Além disso, estamos investindo em campanhas publicitárias, mas precisamos que cada cidadão faça a sua parte e elimine os locais com água parada em suas casas e no seu trabalho”, destaca a secretária de Estado da Saúde.
Mais de 200 internações em SC
Até o momento, 213 pacientes necessitaram de internação hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina
Nesta segunda-feira (19), havia 79 pacientes internados em 20 hospitais do estado. As unidades mais afetadas são o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, com 24 pacientes, e o Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 12 pacientes. As unidades de saúde estão localizadas nas regiões com maior incidência de casos.
Sintomas e tratamento da dengue
Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.
Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são os seguintes: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.
“O principal tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é receber hidratação, seja via oral ou injetável, a depender dos critérios de classificação do caso. Isso é essencial para evitar a evolução para gravidade dos casos”, explica Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde.
Segundo ele, uma pessoa de 60 quilos com suspeita de dengue deve ingerir mais de três litros de líquidos por dia de tratamento.
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