Criciúma não está na rota da nova vacina contra a dengue. O Ministério da Saúde anunciou diretrizes para o uso do primeiro imunizante de dose única produzido integralmente no Brasil pelo Instituto Butantan e definiu o início da aplicação para janeiro, começando com adultos de 59 anos e avançando gradualmente até a faixa dos 15 anos.
Não estar na rota dos envios da vacina não representa, necessariamente, uma má notícia do ponto de vista das diretrizes. Isso significa que Criciúma não se encontra em situação de emergência ou com números alarmantes da doença.
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“A vacina vem do Ministério da Saúde para o Estado, que entrega a vacina para aqueles municípios onde a dengue está infestada. O que não é o caso de Criciúma”, explica o secretário municipal de Saúde, Deivid de Freitas.
Primeiras doses da vacina contra a dengue vão para profissionais da saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, 1,3 milhão de doses já fabricadas serão destinadas aos profissionais da Atenção Primária, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em visitas domiciliares, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI). A previsão é de que o lote inicial esteja disponível até o fim de janeiro de 2026.
“A vacinação já começa com a produção do Butantan, que vai disponibilizar volume suficiente para iniciarmos a imunização dos profissionais da atenção primária em todo o país. A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Situação epidemiológica da dengue em Criciúma
Ao longo de 2026, Criciúma somou 16 casos positivos de dengue e 223 suspeitas descartadas. Neste momento, há 13 casos em análise e 79 focos do mosquito.
“É uma situação positiva porque a gente está no caminho certo de controle da situação da dengue, mas se a gente tivesse, obviamente, a vacina, conseguiríamos já fazer um esquema de prevenção. Temos que entender que as cidades com maior surto precisam de atenção maior e por isso essa tomada de decisão do próprio Ministério da Saúde”, avalia o secretário.
A vacina desenvolvida pelo Butantan demonstrou eficácia de 74,7% contra a dengue sintomática em pessoas de 12 a 59 anos e de 89% contra formas graves e com sinais de alarme, segundo estudos apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que concedeu o registro do imunizante na segunda-feira (8).
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