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Prefeitura questiona catadores e reforça boas condições para reciclagem

Cooperados reclamam da dificuldade de transporte e de qualidade da água. Diretor de Saneamento ressalta melhorias para trabalhadores
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 13/05/2020 - 17:32 Atualizado em 13/05/2020 - 17:38
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Nesta terça-feira, 12, representantes da Associação Criciumense dos Catadores (Acrica) ressaltaram críticas às condições de trabalho dos cooperadores no novo Centro de Processamento de Resíduos Sólidos, inaugurado pela prefeitura de Criciúma no dia 30 de abril. As maiores reclamações são referentes ao abastecimento de água, a demora pela vinda da energia e ao transporte de resíduos - todos severamente questionados pelo diretor do Fundo de Saneamento Básico do município, Luiz Juventino Selva.

Selva ressalta o comprometimento do governo municipal que, pela primeira vez, deu atenção aos profissionais que vivem da reciclagem de materiais. “Construímos os pavilhões e as condições de trabalho deles melhoraram significativamente. Estão bem alojados e em condições de trabalho muito melhores para tirar dali a sua renda”, pontuou.

Sobre as reclamações referentes a demora pela energia elétrica, Selva afirma que esta dependia de uma peça específica disponibilizada pela Casan e que já foi resolvida. “Já está funcionando, não há a mínima razão para reclamação disso”, disse. A ligação de água, no entanto, depende de uma execução da Casan e, por isso, a prefeitura está tendo que se virar para abastecer o local.“A prefeitura está abastecendo a caixa d’água de cerca de 15 mil litros com caminhão com água potável, e não há qualquer empecilho, prejuízo ou falta de água”, completou.

O diretor do Fundo de Saneamento ainda aponta para a dificuldade que a prefeitura está tendo para mudar alguns hábitos dos cooperadores e, então, tornar o processo de reciclagem mais prático. “Eles separam o material que interessa para eles, papelão, plástico, alumínio, lata e o restante faz descarte como rejeito. Oras, eles querem jogar esse rejeito em qualquer parte do terreno, e não é assim”, pontuou.

A prefeitura municipal disponibilizou duas grandes caçambas para o depósito dos rejeitos, mas os trabalhadores reclamam da dificuldade que é levantar o material pesado para o descarte. A recomendação de Luiz é de que eles diminuam a carga transportada de uma só vez. “O que não podemos admitir é que aquilo ali vire um novo lixão, com eles espalhando lixo onde quer que seja”, criticou.

Os cooperadores reclamam também do fato de terem que bancar o transporte próprio para buscar os rejeitos em outros locais, já que a prefeitura disponibiliza à eles o que é recolhido pela coleta seletiva no município. “Se eles querem sair para buscar material reciclável em determinados pontos da cidade, é algo particular. A prefeitura não tem nada a ver com isso”, declarou.

Selva ainda destaca o reconhecimento que o município tem pelos profissionais, mas afirma que não podem permitir práticas erradas de descarte. “Reconhecemos neles o trabalho digno que fazem, que é importante o reaproveitamento da matéria. Mas não podemos compactuar com hábitos errados que tinham anteriormente”, comentou.

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