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Cooperados reclamam de galpão de reciclagem no Sangão

Diretores da Acrica afirmam que são pressionados pela prefeitura e citam faltam de água e energia elétrica
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 12/05/2020 - 17:53 Atualizado em 12/05/2020 - 17:59
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Inaugurado com destaque no último dia 30, o Centro de Processamento de Resíduos Sólidos que a prefeitura de Criciúma construiu no Bairro Sangão vem recebendo críticas dos seus usuários. "A prefeitura está muito em cima de nós. Somos autônomos, não dependemos da prefeitura, não somos fichados. Eles estão exigindo muitas coisas que não tem como a gente cumprir", afirmou o presidente da Associação Criciumense dos Catadores (Acrica), Rogério Barbosa. "A maioria aqui são mulheres, muitas já desistiram. Éramos vinte quando viemos para cá, agora estamos em dez, e tem mais gente querendo sair da cooperativa", reclamou.

Entre as reclamações da Acrica estão o abastecimento de água e de energia elétrica. "A água vem em um caminhão, jogam na caixa d´água, estamos até passando mal com essa água, tem gente com diarréia aqui", informou a vice-presidente da Acrica, Aline da Silva Madeira. "E demoraram para instalar a energia elétrica", completou. Outra reclamação é sobre o transporte dos detritos que restam da separação dos recicláveis. "Querem que a gente vire o lixo dentro de um caçambão, alguém vai se machucar", apontou o presidente. 

Rogério conta que a Acrica está com dificuldades, também, para coletar material pela cidade. "A coleta seletiva está suspensa, então o pessoal dos condomínios nos liga para a gente buscar o reciclável, pedimos ajuda para a prefeitura, eles não nos ajudam. Temos que tirar dinheiro do bolso para pagar o combustível, sai quase R$ 3 mil por mês de gasolina, daí cada associado aqui recebe R$ 500 por mês. Fora que eles fizeram a gente parar o trabalho por duas semanas antes de se mudar para cá. Eu não sei como vai ser a nossa sobrevivência esse mês", pontuou. "Já deu vontade de sair daqui. Não aguentamos mais, é muita pressão", destacou o presidente. 

"Estamos cansados, eles estão exigindo e ajudando. Viemos comprar água mineral para as mulheres, nem isso estão dando, estão colocando água de poço", reforçou a vice-presidente Aline. A Acrica buscou explicações junto ao presidente do Fundo de Saneamento Básico (Funsab), Luiz Juventino Selva. "Ele disse que essa questão da remoção do lixo, do resto para a caçamba, é conosco. Vocês podem ver no vídeo ali como é complicado esse sistema que fizeram", apontou Aline, citando o vídeo que está reproduzido abaixo. "A nossa situação era melhor na sede antiga", concluiu o presidente.

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