A proposta do prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), de realizar a aplicação retal de ozônio em pacientes que tenham sintomatologia do vírus da Covid-19, virou assunto nacional e até internacional nesta terça-feira, 4. No fim da tarde, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 13ª Promotoria de Justiça de Itajaí, recomendou ao prefeito que ele não disponibilizasse o ozônio para tratar os pacientes na rede pública do Município. Na noite do mesmo dia, o prefeito publicou um vídeo nas suas redes sociais onde falou sobre a repercussão do caso e voltou a defender a ozonoterapia, explicando que não se trata de uma aplicação em massa e sim um estudo clínico realizado pela cidade. 

No vídeo, o prefeito defendeu a ozonioterapia, afirmando que o método terapêutico é utilizado em diversos países em diversas doenças, incluindo no combate ao coronavírus. "Há décadas a ozonioterapia vem sendo utilizadas em todo o mundo no tratamento de inúmeras doenças. Agora com a pandemia, países como a Itália, Espanha e a China estão realizando estudos que apontam a sua eficiência terapêutica auxiliar para pacientes com Covid-19. Evitando que a doença se agrave e ajudando a reverter mais rapidamente a insuficiência respiratória e a necessidade de intubação", explicou. 

Morastoni explicou que a medida que será aplicada em Itajaí, trata-se de um estudo clínico, para verificar se há eficácia da aplicação de ozônio em pacientes com coronavírus. "Como mais uma medida de combate ao coronavírus, a prefeitura de Itajaí aderiu um protocolo de pesquisa científica já aprovado pelo Conselho Nacional de Ética em pesquisa do Ministério da Saúde, para avaliar a ação da ozonioterapia no tratamento de pacientes com a Covid-19. Os pacientes poderão participar desse estudo de forma voluntária, desde que preencham os requisitos e assinam o termo de consentimento da pesquisa. Como até o momento não há uma terapia definitiva para a nova pandemia da covid-19, todas as iniciativas baseadas em estudo científicos são importantes, para auxiliar na busca pelo tratamento", comentou. 

O prefeito também comentou a repercussão que o caso tomou e se mostrou chateado com os comentários pejorativos. "Infelizmente todo esse esforço em dar mais uma opção de tratamento para a população, vem sendo mostrado com escárnio e zombaria. Preocupado apenas em salvar vidas e em proteger a saúde das pessoas, não imaginei que oferecer esse novo tratamento para o coronavírus, esse tratamento para combater o coronavírus, fosse criar uma repercussão tão grande, com tantas piadas, memes e manchetes sensacionalistas. Mas eu não vejo razão para isso, porque a situação é grave", enfatizou. 

Por fim, Morastoni voltou a defender a medida e disse que todas as medidas são válidas para o combate da pandemia do novo coronavírus. "Já temos mais de 100 vítimas de Covid-19 em Itajaí. São muitas famílias chorando. Nessa história toda, não me importa que eu seja alvo de gracejos ou fakenews, mas fico triste porque essa comoção pode desencorajar aqueles que tem interesse em fazer o tratamento. Pode causar mortes, quando tudo que faço como prefeito e médico, é justamente para preservar a vida da população. Quem já passou por isso sabe, que diante da doença e da morte, a gente recorre a todas as alternativas de tratamento para curar quem se ama. E eu amo Itajaí, eu amo a gente de Itajaí e por isso vou continuar pesquisando e oferecendo novos tratamentos para a população. Para mim o mais importante é salvar vidas, e vou fazer o que vou fazer de tudo, com responsabilidade e respaldo da comunidade científica. Com fé em Deus e o apoio da população de Itajaí, vamos vencer esse vírus e ter motivo para verdadeiramente sorrir em nossa linda cidade", finalizou. 

Veja o vídeo: