A possibilidade de flexibilização por parte do Governo do Estado, possibilitando o retorno das atividades da construção civil, empolga os empresários do setor. O assunto é debatido na tarde desta quarta-feira, 1º, entre presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). A normativa será publicada até o final do dia e beneficia também as lojas de material de construção, seguindo normas de segurança.

O ramo está parado devido aos decretos do governador que visam diminuir a velocidade da disseminação do coronavírus (Covid-19). 

O presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Mauro Sônego, diz que aguardará o anúncio oficial do governador, pois já houve anteriormente manifestação favorável à volta das atividades. “Mas teve a prorrogação da quarentena. Voltaram os bancos e a construção não. Mesmo que não tenha a portaria, ele anunciando, as empresas retornam ao trabalho. Todas as construtoras já estavam prontas para voltar e algumas podem retomar amanhã (quinta-feira) e outras na segunda-feira”, enfatiza.

Sônego admite que ainda não é possível mensurar os prejuízos deste período parado. Este período podemos igualar à greve dos caminhoneiros. A manutenção dos empregos está garantida. Estamos trabalhando alinhados com o sindicato laboral. Atrasos como esse sempre gera prejuízos e se pudermos voltar minimiza bastante”, comenta.
Para assegurar a saúde dos trabalhadores, ele fala que há um protocolo de saúde do trabalhador da Fiesc e que a empresa que não tiver o seu próprio pode usar. “A decisão de primeiro preservar vidas foi acertada e este retorno já era esperado”, pontua.

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Alívio também para os lojistas

A construção civil gera uma grande movimentação econômica e quem também comemora o possíve retorno é são os lojistas do setor. O diretor executivo da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac), Júlio Pereira, relata que a orientação é para que os empresários cumpram os decretos do governador, mas que a demanda por materiais de construção não para. “Muita gente ligando para as lojas em busca de itens. Alguns estabelecimentos de outros segmentos vendem produtos que nós temos. Então nós não comercializamos, mas tem quem venda”, acrescenta.

Pereira fala também que, seguindo protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS), a associação elaborou um documento de orientação aos empresários e que é preciso uma flexibilização por parte do governo. “As coisas não estão nada fáceis. Em um momento que estávamos em uma retomada da economia, vem esta pandemia. Esperamos que o governador tenha consciência e libere”, diz.

O diretor executivo da Acomac acrescenta ainda que a orientação é para que não se demita ninguém.