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Os problemas das rodovias da região segundo a Fiesc

Em evento em Praia Grande, engenheiro Ricardo Saporiti criticou falta de manutenção e os consórcios intermunicipais
Por Denis Luciano Praia Grande, SC, 30/10/2019 - 08:05 Atualizado em 30/10/2019 - 08:06
Fotos: Denis Luciano / 4oito
Fotos: Denis Luciano / 4oito

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O engenheiro Ricardo Saporiti percorreu, a pedido da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), cerca de 380 quilômetros de rodovias nas regiões da Amesc, Amrec e Amurel. Anotou os problemas e transformou em relatórios, que estão sendo apresentados em reuniões pelas regiões. A mais recente ocorreu na noite desta terça-feira, 29, em Praia Grande.

"É um pouco preocupante o aspecto que encontramos", reconheceu Saporiti, que na região da Amesc percorreu as SCs 370, 390, 446, 445, 447, 449 e 290. "O que está sendo feito ultimamente é operação tapa buracos. O Governo do Estado assinou convênios com os consórcios para fazer manutenção corretiva das rodovias estaduais. Isso se reflete nas demais regiões também", reclamou.

Crítica aos consórcios

Em exposição a cerca de 200 pessoas entre autoridades e populares, em eventono Salão Paroquial da comunidade de Cachoeira de Fátima, no interior de Praia Grande, Saporiti criticou os consórcios intermunicipais que o Estado está montando para manutenção de rodovias. "Hoje as nossas estradas estaduais estão apresentando sérios problemas de pavimento, isso obriga a fazer a recuperação global, fresagem, recapeamento, micro revestimento das rodovias, isso não está contemplado nesses consórcios intermunicipais. É um assunto preocupante, estamos tratando de um patrimônio de R$ 21 bilhões do Estado. É um assunto bastante preocupante", afirmou.

Como consolo, o engenheiro lembrou que as rodovias estaduais do oeste catarinense estão em piores condições. "Percorri cerca de 380 quilômetros nas três microrregiões do sul. Percorremos outras regiões, o que vimos aqui está pior no oeste. Aqui não é a pior, tem piores. Infelizmente é um problema de grande seriedade e preocupação pois é manter o pavimento. Operação tapa buracos não resolve mais. Na própria SC-108, de Criciúma a Urussanga, a Orleans, tem segmentos com o pavimento todo deteriorado", citou.

SC-108

A razão principal da reunião da noite passada foi a apresentação do projeto de pavimentação da SC-108 entre Praia Grande e Jacinto Machado. "É um trecho de estrada de chão batido com 31 quilômetros, mas a Fiesc fez uma análise no segmento todo da rodovia. Ela inicia em Joinville e termina aqui na divisa com o Rio Grande do Sul. Esse segmento de Jacinto Machado a Praia Grande não está nem implantado para receber a pavimentação e é uma região onde os produtores rurais estimam 5,4 mil caminhões pesados por ano. O arroz plantado aqui em Praia Grande é beneficiado em Jacinto Machado. Hoje os agricultores precisam fazer um percurso muito superior, que encarece o frete em 50% a 60%. Isso encarece a competitividade", observou Saporiti.

Pelo projeto apresentado, a pavimentação da SC-108 no trecho custaria R$ 111,2 milhões. "A oportunidade da SC-108 é agora. A lei de orçamento anual para 2020 está em discussão na Alesc. É o momento das nossas autoridades, dos nossos deputados discutirem a importância de alocar verbas para poder permitir que essa execução inicie ainda em 2020", salientou.

Outras estradas

Outro trecho que chamou a atenção de Saporiti foi o da SC-290 entre Praia Grande, São João do Sul e a BR-101. "O trecho da SC-290, de Praia Grande até a BR-101. Está bem conservada em termos, bem sinalizada mas está apresentando acomodações do pavimento em trechos extensos, que precisam ser olhados com muita atenção o mais breve possível para recuperar", sinalizou. "Outra estrada que nos chamou a atenção, de Forquilhinha a Maracajá. São 8 quilõmetros deteriorados", completou, mencionando a Rodovia Jacob Westrup, outro antigo pleito regional.

Público da audiência pública de ontem em Praia Grande

A favor das concessões

Saporiti manifestou-se a favor da concessão de rodovias estaduais à iniciativa privada para manutenções. "Sou favorável. O poder público está com recursos comprometidos. Agora partiu-se para os consórcios rodoviários, que vão depender da verba do Governo do Estado. Será que as prefeituras têm condições de executar esse tipo de serviço? Eu acredito que não tenham. Está aí para ser discutido esse assunto. Até hoje foram assinados algun convênios, um inclusive com a Amurel, isso tem que ser muito bem pensado, discutido, a sociedade tem que participar principalmente do cronograma de execução desses serviços", destacou.

Mas, em linhas gerais, o engenheiro considerou de boa qualidade o asfalto utilizado em rodovias da região. "O asfalto é de boa qualidade, com exceção daqueles segmentos que não estão sendo objeto de manutenção e conservação permanente. O maior inimigo do asfalto é a umidade", finalizou.

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