Com mais de 36 mil mortes e 748 mil casos confirmados em todos os continentes, a Covid-19 é o grande foco da atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). "O mundo está se juntando nessa causa, é a única opção que temos, a união é a única opção que temos para derrotar esse vírus", garantiu o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. "A Covid-19 está nos lembrando como somos vulneráveis, como conectados somos uns aos outros e o quão dependentes somos uns dos outros. No olho do furacão ferramentas científicas são essenciais, como são a humildade e a solidariedade, dando o melhor de cada um nós vamos superar isso juntos", referiu.

A OMS vem liderando campanhas de arrecadação por todo o Mundo, para reforçar os sistemas de prevenção dos países atingidos. "Há dois meses a OMS publicou um plano de resposta estratégica, ali tinha um pedido de ajuda extra de 635 milhões de dólares para ajudar os países a responder a Covid-19. Somos gratos aos países e empresários doadores pois já recebemos mais de 625 milhões", comemorou Ghebreyesus. 

Uma preocupação do comando da OMS é com a sobrecarga dos sistemas de saúde. "A pandemia está forçando o sistema de saúde, a demanda vem aumentando sobre o sistema de saúde e seus trabalhadores está deixando esses setores muito pressionados e incapazes de trabalhar efetivamente. Surtos anteriores demonsraram que quando os sistema sde saúde estão muito pressionados isso faz aumentar o número de mortes e a dificuldade no uso dos remédios, mesmo no meio dessa crise os serviços essenciais de saúde precisam continuar", lembrou. "Bebês continuam nascendo, vacinas precisam ser entregues, as pessoas precisam de tratamento para salvar vidas", sinalizou. 

Articulação com países e trabalhadores

O diretor pontuou um elogio a trabalhadores da saúde que estão se voluntariando. "Temos o prazer de saber que 20 mil trabalhadores de saúde se ofereceram para voltar ao trabalho no Reino Unido, em outros países como a Rússia estudantes de Medicina estão sendo envolvidos", relatou. Ghebreyesus referiu, ainda, o trabalho de orientação capitaneado pela OMS. "A OMS também publicou um manual prático sobre como organizar e gerenciar o tratamento do Covid-19. Esse manual cobre três principais intervenções:  como garantir exames e triagem nos locais de saúde usando tendas para isso ou prédios específicos, como criar locais nas comunidades para cuidar dos pacientes médios e como criar um local de tratamento recondicionando hospitais ou criando hospitais de campanha. O manual cobre design estrutural, medidas básicas de prevenção e questões ligadas à ventilação, esse manual instrui para salvar vidas", avaliou.

A OMS vem, ainda, empenhada na articulação entre países e empresas para que as Nações estejam supridas para o combate ao vírus e na assistência aos pacientes. "Fizemos um apelo para que os países trabalhem mais próximo das empresas para garantir produção dos produtos de saúde e a distribuição baseada na necessidade de cada um, atenção específica para países de baixo e médio rendimento na Ásia, África e América Latina", destacou. "Trabalhamos com vários parceiros para aumentar acesso a produtos que podem salvar vidas, diagnósticos, respiradores, equipamentos de proteção, muitos países implantam medidas para restringir trânsito das pessoas, é vital respeitar a dignidade, é importante que os governos mantenham sua população informada sobre a duração dessas medidas", ponderou. "Os países precisam garantir bem estar para quem perdeu sua renda, precisando de comida, higiene e outros serviços essenciais, os países devem trabalhar para construir essa confiança e apoiar a resiliência e a saúde mental", finalizou.

Ouça a manifestação do diretor-geral da OMS no podcast abaixo: