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O apoio nas horas mais difíceis

Instituição está há 18 anos prestando serviço voluntário a portadores de câncer
Por Bruna Borges Criciúma, SC, 27/11/2018 - 09:20
Guilherme Hahn / A Tribuna
Guilherme Hahn / A Tribuna

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O diagnóstico do câncer é um dos mais difíceis de se receber. Saber que é portador da doença presente na lista das que mais matam no mundo nunca é uma posição tranquila. Mas contar com pessoas e instituições dispostas a ajudar nesse momento alivia a dor de quem precisa passar por essa situação.

Em Criciúma, uma das entidades que fazem esse trabalho é a Associação Amor à Vida (Amovi). Localizada em uma sala na Rua Anita Garibaldi, anexo ao shopping dos camelôs, a instituição presta apoio a pessoas a partir dos 18 anos de idade portadoras de neoplasias malignas e moradoras dos municípios da Região Carbonífera. 

Este apoio é realizado de várias formas, entre elas, o empréstimo de perucas para mulheres que perdem seus cabelos por conta do tratamento de quimioterapia. “Essas perucas são feitas por uma voluntária de Joinville. Ela vem até aqui e recolhe as mechas de cabelo que as pessoas nos doam para fabricar as perucas”, explica a voluntária da Amovi, Vera Lúcia Duarte.

“Essas perucas são emprestadas para as mulheres em tratamento e, quando acaba a quimioterapia, elas nos devolvem para que sejam emprestadas a outras mulheres”, comenta Vera. “Inclusive, os salões que quiserem fazer parceria, nós sempre estamos precisando de cabelo. Se eles não puderem entregar na nossa sede nós vamos buscar”, completa.

 Ajudar e ser ajudado

A história da Amovi já tem 18 anos e Vera é voluntária há sete. Ela, que hoje enfrenta seu 14º câncer, relata o quanto é importante ter esse tipo de auxílio no dia a dia de quem convive com a doença. 

“O primeiro câncer apareceu em 2003. De lá para cá eu já tirei cinco tumores e convivo com nove. Mas a gente vive. A gente vem fazer o trabalho voluntário e vai embora muito feliz quando sabe que conseguiu ajudar alguém”, declara.

Convivendo com a doença há 19 anos, Delícia Fortunatto, também voluntária na Amovi, conta a diferença que faz na sua rotina estar perto de outras pessoas que passam pelas mesmas experiências que ela.

“Para mim está sendo ótimo. A gente que tem esse problema, acaba pensando muita coisa ruim, mas é um conforto conversar com outras pessoas e ver que elas também estão passando pelo mesmo problema”, comenta. 

Delícia e as perucas da Amovi / Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna

Doação de agulhas para biópsias

Uma das ações também em andamento na entidade é a doação de agulhas para a realização de biópsias em mulheres com suspeita de câncer de mama. Para contar com o benefício, a mulher precisa passar por encaminhamento de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) e ir até a sede da Amovi para receber a autorização.

De posse da agulha, elas são encaminhadas ao mastologista parceiro da instituição, Erik Winnikow, que faz o procedimento gratuitamente e, em seguida, a análise pode ser realizada pelo Laboratório Alice, também parceiro, que cobra o valor simbólico de R$ 80. As mulheres de Criciúma devem encaminhar o material para análise nas unidades de saúde, que oferecem o serviço.

“Se tivesse que pagar particular a agulha, a consulta, a análise, custaria algo próximo de mil reais. E se tivesse que esperar pelo SUS provavelmente demoraria muito. Então, com essas parcerias, e com o apoio do Fórum de Criciúma, que doou o valor para a compra das agulhas, nós conseguimos oferecer”, afirma Vera. 


 

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