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Nos 700 dias, números positivos a comemorar

Unesc saltou de déficit superior a R$ 8 milhões para superávit de quase R$ 5 milhões
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 30/04/2019 - 22:15 Atualizado em 30/04/2019 - 22:19
Fotos: Mayara Cardoso / Unesc / Divulgação
Fotos: Mayara Cardoso / Unesc / Divulgação

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Quando iniciou seu mandato, em 2017, a reitora Luciane Ceretta estava, com sua equipe, diante de um déficit de R$ 8,4 milhões nas contas da Unesc. Ao fazer 2018, a balança inverteu: superávit de R$ 4,8 milhões. Esse salto foi o principal dos tantos indicadores comemorados no balanço fiscal que justificou a entrevista coletiva da tarde desta terça-feira, assinalando os 700 dias da atual gestão à frente da Universidade.

"Fizemos um diagnóstico quando assumimos de toda a situação da Universidade, e identificamos a necessidade de otimizar nossos quadros, o que fizemos no final de 2017", explicou a reitora. Essa otimização permitiu, por exemplo, que o comprometimento da receita com folha de pagamento reduzisse de 65% para 53%. "O que é perfeitamente aceitável em um quadro com professores com mestrado, doutorado, hoje temos uma instituição saudável nesse aspecto", avaliou.

Mas os números positivos, para uma instituição como a Unesc, não significam lucro, mas sim capacidade maior de reinvestimento. "É uma Universidade criada por lei municipal que sobrevive da receita que vem dos seus alunos, mas faz a gestão como se fosse uma Universidade pública, então precisa trazer a transparência e as melhores práticas. Ela reinveste tudo o que arrecada na própria sociedade", lembrou.

A reitora mencionou, ainda, o papel protagonista que os acadêmicos exercem ao formar o bolo financeiro da Unesc. Ocorre que 96,4% da receita é oriunda das mensalidades pagas pelos estudantes. "Apenas 3,6% da nossa receita é advinda de fontes públicas, bolsas da prefeitura, bolsas do artigo 170 do Estado, o restante é todo advindo dos resultados do pagamento das mensalidades dos nossos alunos que estudam aqui", enumerou.

Reconhecida nos números

E a Unesc recorreu a indicadores reconhecidos nacional e internacionalmente para chancelar o bom momento das suas finanças. O índice conhecido como Ebitda - lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização - calcula capacidade de endividamente e gestão correta. Trata-se de um número fundamental para buscar capitalização no mercado financeiro. "O nosso Ebitda saltou de 6,5 para 13,5, um índice histórico para a Universidade. Em 2016 e 2017 o sistema financeiro nem conversava conosco. Agora, com esse salto, reposicionamos a marca e temos condição para investir", comemorou.

Na soma de endividamentos de curto, médio e longo prazo a Unesc devia R$ 48 milhões. "Chamamos os bancos, conversamos, repactuamos, revimos prazos e estendemos essa dívida, o que nos deu um fôlego muito importante", confirmou o contabilista Zanoni Elias, contratado pela Unesc para acompanhar as contas e a reengenharia financeira da instituição. "Reduzimos esse endividamento em R$ 5 milhões em um ano, para R$ 43 milhões, e nesse ritmo queremos chegar a R$ 20 milhões em quatro anos", acentuou.

Sem dívidas com a União

A Unesc não tem dívidas federais. "Nada. Tudo totalmente regularizado. Não temos nenhum débito federal. Antes o contrário, eles que tem conosco no pagamento do Fies", explanou a reitora. Luciane Ceretta lembrou algumas vezes da relação com o poder público. "Tivemos 30% da receita comprometida com o Fies", citou, lembrando do fundo de financiamento estudantil federal hoje inviabilizado para Universidades comunitárias.

"O Fies foi positivo para a instituição, a ausência dele é ruim. São dois já sem ingressar no Fies", revelou. Para exemplificar a importância das parcerias para financiamento estudantil e combate à evasão, a reitora mencionou, ainda, que "as Clínicas Integradas, que atendem gratuitamente 140 mil pessoas por ano, tem o custo anual de R$ 3,5 milhões para a Universidade. Equivale ao que recebemos do artigo 170".

Centro de Inovação em 2020

A reitora está empenhada para que a Unesc seja parceira da Acic, de outras instituições e do município de Criciúma para que, com o Governo do Estado, estruture finalmente o Centro de Inovação para a região. A meta é instala-lo nas dependências do prédio erguido para ser o Complexo de Educação, na Rua Araranguá, hoje de propriedade da Universidade.

"Pelo desejo da nossa gestão, sim. É o que queremos", reforçou. "Mas encontra-se em tratativas com relação à liberação dos recursos em âmbito estadual. Se não viabilizado esse ano, o encaminhamento de uma resposta, sim. A região deve reunir forças suficientes, juntas e bem articuladas para que isso bem aconteça", emendou Luciane.

Metas para o futuro

Um dos próximos projetos da Unesc é o investimento nos polos de Educação à Distância. "Nossa região tem 22 instituições credenciadas para ensino, muitas trabalhando com essa modalidade. Mas teremos a nossa forma de fazer", antecipou a reitora. "Aprendemos a nos movimentar na crise", resumiu.

"Vamos tratar também de inovação curricular, novos cursos, toda a infraestrutura do campus, todo o aparato tecnológico, migrando agora para a Biblioteca Digital, a terceira Universidade de Santa Catarina com mais de 7 mil títulos. Investimentos em cultura, meio ambiente, prestação de serviços, incubadoras com previsão de novos negócios, enfim, uma grande Universidade para dar conta", concluiu.

Ouça a entrevista com a reitora Luciane Ceretta no podcast.

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