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No Santa Augusta, 21 detentos positivados com coronavírus

Conforme a juíza Débora Zanini, o motivo pode ser a alta rotatividade de presos no presídio
Por Vitor Netto Criciúma - Sc, 13/07/2020 - 11:30 Atualizado em 13/07/2020 - 11:33
Foto: Vitor Netto / 4oito
Foto: Vitor Netto / 4oito

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O Presídio Regional Santa Augusta, de Criciúma, apresenta atualmente 21 detentos positivados com coronavírus. O número aumentou vertigionosamente, quando o presídio apresentava somente um caso e na sexta-feira, 10, aumentou para 21. Atualmente os presos estão em isolamento e a administração prisional busca atuar em medidas de saúde e sanitárias para que os casos não propragem. 

O motivo para o aumento vem em face a rotatividade de presos que o Santa Augusta conta. "Os presos estavam comentendo crime aqui fora, não estavam em isolamento e estavam cometendo crimes. Então esses novos presos acabam trazendo o vírus para dentro da unidade", explicou a juíza titular da Vara de Execuções Penais de Criciúma e Região, Débora Zanini, ao programa Agora nesta segunda-feira, 13. 

Conforme ela, medidas sanitárias estão sendo aplicadas para conter a propagação do vírus. "Todos os presos que chegam são colocados na triagem e se apresentarem sintomas eles fazem exames. Se postivar, vai para o isolamento. Mas, mesmo se der negativo, eles ficam na triagem e depois de 14 dias vão para a ala do convívio", comentou. 

Os 21 apenados que estão com coronavírus não apresentaram sintomas. "Na sexta-feira, 10, eu fui até na ala onde eles estão, conversei com eles. Eles estão bem", afirmou a juíza. 

Os presos estão na ala do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que é o local destinado para os presos por crimes de periculosidade. Como a ala está vazia, os positivados foram encaminhados para esse local, que fica ao lado da ala da saúde. "Também temos uma medida extra, que se necessário vamos colocar uns beliches no pátio e fazer uma espécie de enfermaria destinada só para a Covid-19", colocou. 

Solicitação de prisão domiciliar

Os familiares dos detentos realizaram uma manifestação em busca de melhorias no atendimento aos detentos, no sábado, 11. Entre as bandeiras, é a solicitação de prisão domiciliar durante a pandemia. "Não tem necessidade de soltura e prisão domiciliar. Se alguém apresentar algum caso mais grave, será levado ao hospital. Se formos dar prisão domiciliar para todos os detentos com grupo de risco, praticamente a metade vai sair", comentou. 

Outras demandas

Os familiares também buscaram outras demandas na manifestação. Entre as pautas, os parentes afirmavam que a comida estava sendo servida gelada, os banhos estavam frios, as visitas seguiam suspensas e pediam a liberação da entrega de roupas e cobertores aos apenados. "A questão da comida eu não tenho conhecimento. Se ocorreu foi algo pontual que por motivo do frio ela acabou esfriando durante o transporte da cozinha para as galerias. A questão do banho realmente aconteceu , pois o sistema de água do presídio funciona por caldeira. O horário do banho era no final do dia, então era um horário em que a caldeira já estava fria, mas assim que precebemos isso mudamos o horário do banho para entre 10h e 12h, que é o horário que a caldeira está mais quente", explica. 

Referente as visitas a juíza acredita ser inviável no momento, pois compromete a saúde dos detentos e dos familiares. Além disso, a entrega de roupas e cobertores não se trata de uma escolha do presídio de Criciúma e sim uma determinação estadual. 

Transparência

Débora afirmou que irá criar um grupo com órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entre outros para enviar boletins semanais da situação dos apenados. 

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