O fundador da Granja Faria, Ricardo Faria, foi entrevistado no Programa Adelor Lessa nesta terça-feira (22). Um dos assuntos que o empresário comentou foi a compra da BL Ovos feita pela Granja Faria. O valor foi de R$ 290 milhões e a empresa pretende faturar R$ 2 bilhões em 2023.

Esta compra fez a empresa se tornar a número 1 em ovos comerciais do país. Ela já era a primeira em ovos fertilizados. “Ano passado, éramos primeiros em ovos, mas não nos comerciais. Com essa aquisição, ficamos em primeiro. São mais de 10 milhões de ovos produzidos por dia e 13 milhões de aves”, relata o empresário.

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O empresário conta que o processo de consolidação como líder começou em 2017 e, desde então, foram adquiridas dez granjas. Na conversa, Faria explica os motivos que embasam a estratégia de aquisição de empresas no lugar da criação de novos negócios. “Fazer aquisição é muito mais eficiente por dois motivos: o primeiro é porque ela já está pronta e o segundo é porque, se você compra, tem menos concorrente no mercado e consegue trabalhar com maior tranquilidade” completa Faria.

O empresário destaca que a maior vantagem da estratégia de aquisição está na curva de aprendizagem, que é o esforço despendido por uma pessoa ou empresa para desenvolver conhecimento, processos e experiência antes de alcançar níveis adequados de eficiência. "Se calcular só a construção, criar pode parecer mais barato. Mas tem empresas que passam anos sem ganhar dinheiro. Apenas 5% dos negócios no mundo duram mais de 10 anos. Essa história vivida vale muito", explica Faria.

Em 2020 a Granja Faria criou a companhia de grãos Terrus e, em 2021, fez dois investimentos: a criação Fertifar, uma empresa de fertilizantes com base de esterco de galinha, e a compra da Insolo, de produção de grãos.

“A Terrus plantava perto de 30 mil hectares há dois anos, foi para 60 mil com a compra da Insolo mais 60 mil e, ano que vem, nós vamos plantar 180 mil hectares. Isso vai significar 7 milhões de sacos de soja, 4 milhões de sacos de milho, o que enche pelo menos uns 10 navios”, comenta Faria.