O motorista de Criciúma e da região precisa ficar atento em algumas ruas da cidade, principalmente em horários de pico. Em alguns momentos, o descuido gera congestionamentos, filas e confusão entre motoristas. A última sexta-feira (11) foi um caos. Para tentar minimizar os problemas no tráfego, e orientar o motorista, o programa Conexão Sul desta segunda-feira (14) recebeu o gerente de operações da Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) de Criciúma, Paulo Borges. 

Questionado, ele avaliou o ocorrido da última semana. "O motorista teve que quadruplicar a paciência. A Rua Cônego Miguel Giacca, que sai da Rua Anita Garibaldi e faz o contorno com o Lapagesse, ela é pequena e chegou em um momento em que ela fechou. Aí fechou o anel, ou seja, as pessoas que saíram com seus filhos pela Rua Floriano Peixoto não conseguem ir mais adiante porque a Rua Anita Garibaldi vai estar fechada. Os veículos que estão na faixa da direita querem entrar na Miguel Giacca, não conseguem e aí tranca tudo. Trancou as ruas Anita Garibaldi, Araranguá, a Henrique Lage, congestionou até a Rua Fiúza da Rocha e Lauro Müller, sem contar que trancou toda a Centenário. As pessoas não conseguiam mais ir em frente. Quem estava nos ônibus tiveram dificuldades porque houve atraso no coletivo".

Mais do que um problema estrutural nos locais de obras, Paulo Borges enfatiza que deve haver mais gentileza dos motoristas. "A importância de quando estarmos num congestionamento de ter atenção. Gentileza gera gentileza. Por exemplo, cheguei em um cruzamento e ele está fechado, eu deixo alguém entrar na minha frente e eu sigo atrás. E o outro faz a mesma coisa. Alguém tem que começar e o trânsito vai fluir. Agora, se eu parar, encostar no carro da frente e não dar espaço para que alguém entre na minha frente, vai congestionar. Foi o que deu. Foi falta, talvez, de sensibilidade e empatia. Eu sempre digo, como você quer ser tratado no trânsito? Então, a pessoa também precisa tratar melhor as outras pessoas no trânsito. Todo motorista é um pedestre, mas nem todo pedestre é um motorista. O que se tem percebido é falta de gentileza, de poder facilitar um pouco para o outro. Você não sabe qual é a dificuldade do outro. Essa parte de buzinar atrás é outro problema sério. Isso só causa estresse ao motorista", pondera.

Motoristas devem redobrar atenção em vários pontos de Criciúma

O gerente de operações da DTT, pontua os locais onde os condutores de veículos devem redobrar a atenção. "Hoje na Rua João Cechinel com a Mário da Cunha Carneiro. É o acesso que nos leva para os hospitais e a região de Cocal do Sul, Urussanga e Serra. Esse local precisa de cuidado porque a faixa da direita está fechada para a utilização de equipamentos da concessionária. A faixa da esquerda está proibido o estacionamento, pois ali passa ônibus e caminhões mais pesados. Então, o trânsito flui pela faixa central devidamente sinalizado. Um outro local que também gera uma certa inquietude nas pessoas é a Rua Henrique Lage, sentido Pinheirinho/Centro, e no sentido inverso. Quando chega no encontro dessas duas ruas, quem vem no sentido Pinheirinho/Centro é desviado a direita, pela Rua Vitor Hugo, e quem vem no sentido Centro/Pinheirinho , desvia pela Rua General Osório. Outra região de conflito é a Rua Presidente Prudente, é a via depois da rotatória da Santos Dumond, a próxima rua que faz a travessia da Luiz Rosso. Essa rua está fechada porque existe uma escavação para a construção de um elevado. Essa rua também está fechada, com permissão apenas para trânsito local, não podendo atravessar. Ou seja, acessa a Luiz Rosso pela Presidente Prudente apenas quem vai até o hospital e o comércio local, depois tem que retornar".

Os agentes de trânsito estão concentrados, atualmente, na Rua João Cechinel. "Hoje estamos concentrando os agentes de trânsito nas ruas próximas aos hospitais, na Rua João Cechinel porque é um local onde temos origens de condutores de várias cidades da região, que acessam os hospitais e as clínicas. Muita gente não conhece por nomes de ruas, e sim, pelas imediações. Então, um atraso pode custar uma vida. Chegando uma ambulância ou um carro de saúde conseguimos que eles tenham um deslocamento mais rápido".

Bicicletas elétricas e ciclomotores irregulares poderão ser recolhidos

Paulo Borges alertou os condutores de ciclomotores e bicicletas elétricas para registrarem os veículos. Caso contrário, eles poderão ser recolhidos de circulação. "É uma situação bem polêmica. Nós precisamos ter um cuidado quando se adquire esse veículos. Vários deles não tem registros. Quando um veículo sai da fábrica, ele tem um pré-cadastro na BIN (Base de Índice Nacional). Quando uma pessoa compra um carro, por exemplo, ela recebe uma nota fiscal. E aí o proprietário procura a Ciretran para terminar o registro que foi feito. Esse cadastro faz com que ele recebe o registro do veículo e a placa. E muitos que adquirem bicicletas elétricas não registram. O que vai acontecer? Está irregular, não pode transitar e será recolhido", finaliza.