Uma Assembleia marcada para acontecer neste sábado, 22, irá definir se haverá ou não uma greve dos mineiros da região carbonífera. Os sindicatos de mineiros de Criciúma, Siderópolis, Treviso, Cocal do Sul e região vem dialogando há algumas semanas com o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC), pedindo por um aumento de salário e outros acordos previdenciários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e Região, Djonatan Elias, duas propostas realizadas pelo SIECESC já foram rejeitadas com unanimidade pelos trabalhadores e dirigentes da associação.

“Nesta terça-feira recebemos outra proposta em que não houve avanço algum na cláusula econômica, assim como houve nenhum avanço também na questão da estabilidade para a aposentadoria, direito que nós, trabalhadores mineiros, já tínhamos antes da reforma da previdência”, ressaltou.

Djonatan destaca que o Sindicato, assim como os mineiros, querem sentar e conversar com o SIECESC para debater possíveis propostas - algo que as mineradoras não estão muito interessadas em fazer. “Só estamos reivindicando que seja mantido esse direito, o que nós queremos é negociar, ir pra mesa, conversar, acreditamos que na mesa chegaremos até uma solução, mas o SIECESC não está querendo”, disse.

A assembleia irá acontecer na sede do Sindicato dos Mineiros em Siderópolis, às 9h. Lá, os trabalhadores poderão expor os seus pensamentos e desejos referentes aos seus direitos, decidindo se irão ou não iniciar uma greve. “O que os trabalhadores comentam é que as próprias empresas estão querendo greve, não nós. Greve não é bom para a empresa, não é bom para o SIECESC, e é muito pior para o trabalhador - há aquela pressão e aquele desgaste todo que não serve para ninguém”, concluiu Djonatan.