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Mineiros encerram mobilização por mudanças trabalhistas em Criciúma

Abaixo-assinado nacional pede isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e o fim da escala 6x1

Por Maryele Cardoso 16/08/2025 - 14:02 Atualizado há 3 horas
Foto: Maryele Cardoso/4oito
Foto: Maryele Cardoso/4oito

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A Federação dos Mineiros, junto aos sindicatos de Criciúma, Lauro Müller, Urussanga, Treviso e Siderópolis, encerrou neste fim de semana uma mobilização na Praça Nereu Ramos, em Criciúma, que reuniu cerca de mil assinaturas. O abaixo-assinado reivindica duas pautas centrais, a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil e o fim da escala 6x1, com a proposta de jornadas 5x2 ou de 40 horas semanais. As assinaturas coletadas em todo o Brasil deverão ser entregues no dia 7 de setembro ao presidente da República, ao presidente do Congresso Nacional e ao presidente da Câmara dos Deputados.

O presidente da Federação dos Mineiros, Genoir Santos, afirma que a mudança pode trazer alívio financeiro significativo. Segundo ele, um trabalhador que hoje recebe até R$ 5 mil chega a perder cerca de R$ 350 por mês com o desconto do imposto. “No fim do ano, são quase R$ 4 mil que poderiam ficar no bolso do trabalhador e da família dele”, ressaltou. Ele também defendeu que a redução da carga horária semanal para 40 horas ampliaria a qualidade de vida dos mineiros.

Na mesma linha, Leonor Rampinelli, presidente do Sindicato dos Mineiros de Siderópolis, Cocal do Sul e Treviso, reforçou a luta pela valorização da categoria. Para ele, além da discussão sobre o imposto e a jornada, a classe busca corrigir injustiças sofridas na reforma da Previdência. “A grande maioria dos trabalhadores perdeu tudo na aposentadoria, e os mineiros foram ainda mais penalizados. Essa é uma luta antiga, que não começou hoje e não vai terminar amanhã”, afirmou.

A pauta também ganhou voz feminina. O presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Djonatan Elias, também conhecido como "Piriguete”, lembrou que a rotina das mulheres que trabalham em regime 6x1 é ainda mais dura, já que precisam conciliar o serviço com as tarefas domésticas. “Elas têm apenas um dia de descanso e, nesse tempo, precisam cuidar da casa, dos filhos, da família. Quando pensam em descansar, já é hora de voltar ao trabalho. Isso não é justo”, criticou.

Para a técnica de enfermagem Jossilene Barbosa Teixeira, a proposta valoriza todos os trabalhadores. “É justo, porque faz diferença no dia a dia. Com a isenção, sobra dinheiro no bolso, e com mais tempo de descanso, a pessoa tem uma escolha de vida, uma qualidade de vida melhor”, afirmou.

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