O Papai Noel recebeu uma cartinha diferente, a pequena Clara Rodrigues Monsani, de apenas quatro anos, entregou o seu pedido escrito em braile. O gesto, repleto de sensibilidade, inclusão e coragem, marcou um dos momentos mais especiais da programação de Natal do Shopping Della.
A história de Clara ganha ainda mais significado nesta semana em que se lembra o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, neste sábado (13). A data reforça a importância da inclusão, do respeito e da acessibilidade, valores que ficaram evidentes no gesto cheio de afeto da menina.
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Em tratamento contra um tipo raro de câncer há mais de dois anos, Clara teve a visão afetada pela doença, mas encontrou novas formas de perceber e abraçar o mundo. O tato e a audição tornaram-se seus principais instrumentos de descoberta, construindo conexões com pessoas, ambientes e, especialmente, com animais, pelos quais nutre um enorme carinho.
Segundo a mãe, Mariane Generoso, a menina vive cada experiência de maneira intensa e afetuosa. "Ela desenvolveu no tato e na audição seus principais meios de explorar, compreender e se conectar com tudo ao seu redor", conta.
Promessa feita ao Papai Noel se transforma em mensagem escrita em braile
A ideia da cartinha começou dias antes, quando Clara e Papai Noel se encontraram pela primeira vez no shopping. Encantada com o Bom Velhinho, a menina prometeu escrever uma mensagem especial. E cumpriu. Com a ajuda da mãe e utilizando a reglete, instrumento usado para escrita em braile, ela preparou cada pontinho com dedicação.
"Ela brincou com ele e disse: 'Agora você vai ter que adivinhar o que está escrito!', relembra Mariane. "Clara está aprendendo braile há cerca de três meses na Atidev, em Tubarão, onde faz aulas semanais. Sempre que quer escrever algo, me chama para ajudá-la com a reglete. Quando falou em fazer a cartinha para o Papai Noel, fiquei emocionada. Ela disse que ele teria que adivinhar o conteúdo, e isso é muito importante para que ela se sinta acolhida e para fortalecermos a inclusão", comentou Mariane.
No bilhete entregue ao Bom Velhinho, Clara escreveu com sinceridade e pureza típicas da infância: "Papai Noel, gosto muito de você. Eu me comportei. Gostaria de ganhar um presente. Deus abençoe. Com carinho, Clara".
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