Por decisão de assembleia realizada na noite de domingo, 15,  moradores do Cedro querem se reunir com os nove vereadores de Maracajá, o prefeito Arlindo Rocha e sua assessoria, para encontrar soluções que permitam a pavimentação de 4,5 quilômetros da Rodovia Demétrio José da Rocha, que liga o centro do município àquela localidade. O encontro está agendando para 19h desta terça-feira, 17, no salão comunitário da igreja católica da comunidade.

Como havia se comprometido com os moradores do Cedro, o prefeito Arlindo Rocha fez uma prestação de contas dos investimentos feitos com R$ 8,2 milhões que o município tomou de empréstimo junto a Caixa Econômica e Badesc para pavimentar, pela ordem, os acessos  às localidades de Espigão da Toca, Encruzo do Barro Vermelho, Garajuva e Cedro. Do total restam cerca de R$ 1,1 milhão e o município dispõe de emenda parlamentar garantida pela deputada federal Geovânia de Sá, no valor de R$ 500 mil.

Com o total, conforme Arlindo é possível asfaltar cerca de 2 quilômetros, menos da metade do percurso total, previsto em projeto já elaborado, de 4,5 quilômetros. O debate, então, se iniciou pela decisão de onde as obras iniciariam: no centro ou no bairro? O pefeito explicou à assembleia que o orçamento total do município em 2020, é de R$ 32,6 milhões e com economia de 10% resolveria a falta de recursos para toda pavimentação, mas esbarra em emendas feitas pelos vereadores que "engessam" o orçamento.

"Qualquer movimentação de valores nas contas do município em 2020 exige autorização da Câmara, determinam as emendas feitas pelos vereadores à lei orçamentária", ilustrou Rocha. Sem o "gesso" poderia economizar em todos os departamentos, como fez nos três primeiros anos, e por decreto ajustar o orçamento para realizar obras com recursos próprios. "Com as emendas isso se torna impossível, afinal cada projeto de lei pode consumir até 120 dias na Câmara", comentou o prefeito.

Com o orçamento flexibilizado como nos anos anteriores, assegurou Arlindo Rocha, os 4,5 quilômetros podem ser pavimentados, com o município utilizando recursos próprios. Para que isto ocorra é preciso, apenas, que os vereadores revejam as emendas feitas que "engessaram" o orçamento. "E sem motivos, pois em nossa administração não há qualquer dúvida ou suspeita de desvios na aplicação de recursos; a decisão é apenas política".

 O presidente da Câmara, vereador Alacide Rocha, morador do Cedro, presente à reunião deste domingo, ponderou que a posição pode ser revista, mas depende dos demais vereadores e esta é a pauta da assembleia desta terça-feira.