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Eleições 2020

Júlio Bittencourt quer resgatar jeito petista de governar em Criciúma

Candidato a vice-prefeito pelo PT propõe retomada do Orçamento Participativo e melhor diálogo com a Câmara
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 08/10/2020 - 12:25
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Com 33 anos, o psicólogo Júlio Bittencourt é o mais jovem dentre os sete candidatos à vice-prefeito de Criciúma nas eleições municipais deste ano. Companheiro de Chico Balthazar na chapa pura do Partido dos Trabalhadores (PT), o petista atua politicamente desde a adolescência e reforça a importância de um vice-prefeito se consolidar como um importante instrumento de gestão pública - e não como um mero coadjuvante. 

Júlio é o terceiro candidato a vice de Criciúma a participar da série da série de entrevistas realizadas pela Rádio Som Maior, no programa Agora. Antes dele, participaram também Cesinha (Podemos), vice do Coronel Cosme (Podemos), e Dr. Alisson Pires (PSL), vice de Julia Zanatta (PL). A próxima entrevista será na terça-feira, 13, com Lisiane Tuon (DEM), vice de Dr. Aníbal Dário (MDB).

O candidato do PT à vice-prefeito nas eleições municipais destacou um plano de governo que tem como principais pilares a educação, saúde e mobilidade urbana. Para fazer valer o projeto para Criciúma, Júlio ressaltou a necessidade do diálogo e trabalho com a população e, também, com os membros do legislativo.

“Percebemos que há muita consonância a respeito do que se pensa sobre a cidade. Primeiro é a questão da ciclovia, na mobilidade urbana, um consenso entre os candidatos e as pessoas que pensam de um jeito ou de outro. Criciúma precisa crescer economicamente, e isso também é um consenso. Acho que o debate ideológico é necessário fazer em algum momento, mas no momento eleitoral preferimos pensar muito mais naquilo que nos une do que nos separa”, destacou o candidato.

Orçamento Participativo 

Um dos principais projetos do PT para a Criciúma envolve a retomada do Orçamento Participativo, implementado em Criciúma ainda no início dos anos 2000, durante o mandato do também petista Décio Góes. Para Júlio, orçamento participativo surge como uma solução para os bairros, em que os próprios moradores definem as prioridades para os bairros e, assim, acabam incorporando um sentimento de pertencimento com as decisões tomadas pelo governo municipal.

“Nós dividimos Criciúma em regiões e a própria população, através de assembleias, se reúnem em seus bairros onde decidem aquilo que é prioridade para o bairro. É importante que o prefeito saiba as prioridades, mas ninguém melhor do que o morador para elencar aquilo que é prioridade para os bairros. Essa questão do orçamento é interessante porque cria um sentimento de pertencimento do morador. No período do Décio, tínhamos uma secretaria voltada para isso”, colocou Júlio.

Julio ainda reforça que o planejamento de um bom orçamento participativo passa não somente por um governo, mas que pode ser uma boa herança a ser trabalhada futuramente. “Em Porto Alegre, o PT administrou por quatro anos e implantou isso. Mas já faz três gestões que está fora, e o orçamento se manteve como política pública. É uma política que pode dar certo não só como de governo, mas como de estado. porque damos autonomia ao cidadão de lidar com a democracia representativa, através da participativa”, disse.

Diálogo com a Câmara 

O candidato à vice-prefeito pelo PT ainda reforça a necessidade de uma relação republicana com a Câmara de Vereadores, a fim de um pensamento conjunto em pautas de comum acordo. “Essa discussão com a Câmara é importante, o município precisa de uma Secretaria de Governo que faça essa relação institucional do executivo com o legislativo. Não podemos tratar a Câmara como um puxadinho, um órgão subjugado ao executivo, temos que compreender para discutir, porque muitas das nossas propostas para Criciúma precisam dessa consonância”, disse.

Foco na atenção básica 

Na área da saúde, Julio coloca a atenção básica como um dos principais pontos a serem discutidos e trabalhados dentro de um governo. Para o candidato, o fortalecimento da atenção básica é o que acaba garantindo com que as filas de atenção secundária, como exames e procedimentos, sejam diminuídas.

“Em Criciúma, a cobertura de atenção básica é de 80% da população. Já esteve em 100%, em cidades semelhantes à nossa. Precisamos fortalecer a atenção básica dando essa cobertura de 100% da população, porque quando um paciente começa a desenvolver algum sintoma e vai na atenção básica, cerca de 90% acabam não precisando ir adiante à secundária. No nosso diagnóstico, as filas grandes são causadas pela falta de atendimento nesse nível de atenção”, pontuou.

Concursos públicos e Criciúmaprev

Julio destaca a condição de uma grande quantidade de cargos comissionados em Criciúma, um fator que, para ele, está atrelado diretamente à falta de concursos públicos no município. “A proporção, na educação, de ACTS para professores efetivos é de 50%, sendo que deveria ser pelo menos de 10%. Acho que precisamos rever nossa proposta e cortar pelo menos 50% dos cargos comissionados, analisando se determinado setor precisa realmente de um servidor efetivo ou de um temporário, mas sempre fazendo um concurso público ou processo seletivo público”, declarou.

Para o candidato, inclusive, a falta de concursos acaba influenciando também no desempenho do Criciumaprev, visto que os servidores se aposentam e acabam não entrando novos para suprir a demanda. “Propomos que seja feita o real cálculo do Criciúmaprev, fazendo um senso entre servidores ativos e inativos. É preciso buscar outras maneiras, além da contribuição do servidor, para ampliar a capacidade de financiamento do Criciúmaprev”, afirmou.

Ouça a entrevista no podcast:

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