A Abadeus promoveu, nesta terça-feira (26), o primeiro Fórum Internacional de Inovação Social, em Criciúma. O objetivo do evento foi discutir sobre o impacto da Inovação Social nos desafios do século 21. Para tratar do assunto, o fórum teve a apresentação de cases internacionais de sucesso e uma palestra com Fábio Deboni sobre “Inovação Social em tempos de soluções de mercado”.

O objetivo do encontro, gratuito e aberto ao público, foi levar a inovação a todas as pessoas como uma ferramenta necessária no mercado de trabalho atual. Habilitar todas as pessoas, desde a “base da pirâmide”, para o novo mundo da indústria, por que a inovação é etilizada e não chega a todo público.

“O impacto é para toda a sociedade, porque quanto mais nós tivermos talentos desenvolvidos, mais faremos a diferença”, explicou a diretora executiva da Abadeus, Shirlei Monteiro em entrevista ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior. “Você vai ter uma cidade muito mais próspera, com muito mais dignidade. A gente vai vencer por aí”, completou.

Qualificação profissional

Segundo ela, Criciúma tinha 500 vagas abertas, principalmente na área de tecnologia, em 2021, este ano, as vagas dobraram, mas não há pessoas qualificadas para preencherem esses postos de trabalho.

A inovação acessa o “novo mundo do trabalho”, prepara o jovem para pensar de uma forma disruptiva e entender que a tecnologia tem que ser algo onde ele seja protagonista e saiba operar. “Onde é que estão essas pessoas qualificadas para ocuparem esses novos postos de trabalho que as empresas precisam e não tem como contratar?”, questionou Shirlei. Foi para qualificar essas pessoas que a ideia do Fórum surgiu.

Soluções de mercado

Para o diretor do programa da Aliança pela Biodiversidade, Fábio Deboni, para enfrentar os problemas sociais e ambientais, aos quais ele considera grandiosos e urgentes, é necessário utilizar de diversos meios. “Não vai ser uma única ferramenta que vai dar conta”, destacou Fábio em entrevista ao programa Adelor Lessa.

“Inovação Social é a gente pensar em soluções de mercado e uso da tecnologia. Trabalhar os vários setores, desde o governo até a sociedade civil. As empresas que a gente tem que trabalhar, todo mundo integrado para endereçar esses problemas. Esse é um pouco o pano de fundo da Inovação Social”, explicou.

Fábio é diretor do programa CAL-PSE, da Aliança pela Biodiversidade/CIAT, membro do Conselho do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA), engenheiro agrônomo e mestre em Recursos Florestais. Já foi também gerente-executivo do Instituto Sabin de 2011 a 2020 e conselheiro do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE).

O engenheiro tem participado também ativamente do engajamento de institutos e fundações no campo de negócios de impacto. É considerado um entusiasta do tema Inovação Social, escritor de diversos artigos, está lançando seu quinto livro: “Inovação Social em tempos de soluções de mercado”, e foi o palestrante do Fórum. A Inovação Social, segundo o engenheiro, traz novas abordagens para o enfrentamento de questões sociais e/ou ambientais.