Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o coronavírus já está presente em cerca de 180 países do mundo todo. Em alguns deles vivem brasileiros que vivem a angústia da luta contra o Covid-19 e de ver o vírus se alastrar na sua terra natal, onde a maioria dos familiares vivem.

Um desses é Rodrigo Da Soler Sartor. De Içara, ele mora há 11 meses e, Toronto, no Canadá, onde os primeiros casos foram confirmados em 25 de janeiro, menos de um mês após a OMS emitir o primeiro alerta, após o surgimento da doença na China. 

Até agora, o país da América do Norte registrou mais de 1,2 mil, tendo 21 vítimas fatais. “O Canadá fechou todas as fronteiras. Ninguém entra e ninguém sai. Bares, universidades, restaurantes e estabelecimentos fechados. O Canadá levou muito a sério, ate porque eles tiveram problemas com a SARS em 2002 e 2003”, fala.

A síndrome respiratória aguda grave (SARS), citada por Sartor, surgiu também na China no fim de 2002. Houve um surto mundial que resultou em mais de oito mil casos no mundo todo, e mais de oitocentas mortes em meados de 2003. Nenhum caso foi relatado no mundo desde 2004 e considera-se que a SARS (a doença, mas não o vírus) foi erradicada.

Com família em Içara, ele diz que hoje a maior preocupação se dá porque há uma forte sensação de falta de controle da pandemia do coronavírus. “Será que estamos preparados para isso? Estamos todos vulnerais quanto a isso”, comenta Sartor, acrescentando que as medidas adotadas em Santa Catarina são as únicas maneiras para evitar a disseminação em massa. “Vejo pessoas reclamando quanto à quarentena, não sair nas ruas. Mas o distanciamento social é a única vacina que temos no momento. Quanto menos pessoas em circulação, menor será o número de contaminados. Fiquem em casa, respeitem os decretos do governo. O vírus é invisível, não sabemos onde ele está e quando ele chega. Então colabore. Faça sua parte. O coronavírus é um adversário difícil”, alerta.