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Homem que matou a mando de facção criminosa é condenado em Turvo

O grupo, ao considerar que uma mulher estava traindo um dos integrantes, ordenou a morte da jovem, em 2020
Por Redação Turvo, SC, 29/07/2022 - 18:20 Atualizado em 29/07/2022 - 18:25
Foto: Divulgação/ TJSC
Foto: Divulgação/ TJSC

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O homem responsável por matar Maria Fernanda Rocha Anacleto a mando de uma facção criminosa, foi condenado a 15 anos de reclusão, em regime inicial fechado, em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Turvo. Os jurados seguiram o entendimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e consideraram o réu culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, surpresa e feminicídio.  

Segundo o promotor de Justiça Cláudio Everson Gesser Guedes da Fonseca, o homem ceifou a vida da vítima em razão de uma determinação da facção criminosa da qual ele faz parte, revelando-se, portanto, torpe à motivação.

O crime também foi cometido contra a vítima por razões da sua condição de sexo feminino, movido por sentimentos de menosprezo e discriminação à sua condição de mulher. A facção determinou a morte da jovem com o objetivo de controlar a vida sexual e os relacionamentos não só da vítima, mas de todas as mulheres que venham a se relacionar com os integrantes daquela organização criminosa, exigindo delas, sob pena de morte, que lhes guardem fidelidade, sobretudo quando se encontrarem presos.

Ainda conforme o promotor de Justiça, o crime foi cometido mediante surpresa, já que o homem entrou na casa da vítima durante o repouso noturno - quase à meia-noite - e, tão logo a viu deitada sobre uma cama, efetuou disparos de arma de fogo contra ela, o que impossibilitou a defesa da mulher.

Entenda o caso

A jovem, de 20 anos, manteve um relacionamento amoroso com um homem que era - e provavelmente ainda é - integrante de uma facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional catarinense.

Ocorre que, durante a união, o homem foi preso. Foi então que a mulher passou a se relacionar com outro rapaz.

De acordo com a denúncia do MPSC, ao considerar o comportamento da vítima como uma traição, a facção decretou a morte dela e do atual companheiro.  

O homem, também integrante da organização criminosa, ficou encarregado de executar a ordem de morte.

No dia 14 de julho de 2020, o réu saiu de Araranguá e, ao chegar a Turvo, por volta das 23h30, foi em direção à residência da jovem na Estrada Geral do Loteamento do Laerte.

Assim foi que, empunhando uma arma de fogo, o homem adentrou a casa da vítima e, ao vê-la deitada em uma cama, efetuou os disparos.

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