Satisfeito com a compra, na tarde de ontem, de duas histórias em quadrinhos estreladas por seus personagens favoritos, João Lucas Cardoso já planeja adquirir mais material de leitura. O foco da próxima aquisição é uma revista de culinária para crianças, item que mais chamou sua atenção após as HQs. 

“Eu quero ler assim que chegar em casa, e depois vir comprar mais quadrinhos, que é o que eu mais gosto de ler”, afirmou o aluno do terceiro ano da Escola Angelo de Lucca. João visitou a 13ª Feira do Livro de Criciúma na companhia de mais 60 crianças da unidade escolar. “Eu trouxe dinheiro de casa, mas já quero trazer meus pais amanhã (hoje), eles me deixam comprar mais livros e gibis que gosto”, comentou o leitor mirim. 

A professora do terceiro ano, Elizabete Alvez, apontou o incentivo à leitura como principal motivação para trazer as crianças até a Feira do Livro. “O hábito de ler é algo que já está presente na escola” garantiu. “O diferencial desse evento é que as crianças ganham uma oportunidade única de poderem vir e escolher o que gostam de ler. Quando eles leem o que gostam, a garantia de que não irão abandonar o livro na metade é bem maior”, completou a educadora. 

Fama nacional

Buscando garantir a oferta de mais de 25 mil títulos diferentes que a Feira do Livro trás para os visitantes, Antonio Correa, representante de uma editora de São Paulo, fretou mais de 10 mil livros para o estande que comanda até o dia 13. “A Feira do Livro de Criciúma é muito conceituada fora de Santa Catarina, e nós recebemos boas recomendações”, afirmou. 

É a segunda edição da feira que a editora paulista participa, sendo a primeira em 2016. “Buscamos vender em torno de mil livros por dia, e com o movimento que vemos aqui acreditamos que é possível”, disse. Ao todo, os 12 estandes do evento oferecem quase 100 mil livros de mais de 50 editoras durante os 10 dias de feira.