A greve dos trabalhadores da Celesc continua firme e sem sinais de acordo. Nesta sexta-feira (26), aconteceu mais uma reunião entre a empresa e os sindicatos, mas as negociações não avançaram. O ponto de disputa continua sendo a aplicação do anuênio, um benefício salarial que foi extinto para os funcionários contratados após outubro de 2016. A Celesc manteve a mesma proposta apresentada na semana passada. "A Celesc apresentou a mesma proposta sem alterar um único ponto ou vírgula", fala o diretor administrativo do Sintresc, José Paulo dos Reis.
De acordo com o diretor, a categoria está insatisfeita com a postura da empresa. "Nós estamos bem chateados, pois estamos nos sentindo desvalorizados. Trabalhamos no sol, em condições perigosas, e ainda assim não somos reconhecidos", afirma.
Além disso, os sindicatos e a Celesc receberam uma intimação do Ministério Público para uma audiência de negociação na próxima segunda-feira (29), às 14h30, em Florianópolis. Essa audiência pode ser um novo espaço para buscar uma solução para o impasse que tem gerado a greve.
A Celesc, por sua vez, reafirma sua posição, explicando que a extinção do anuênio foi uma medida acordada com os sindicatos em 2016, devido à necessidade de manter a concessão da Celesc Distribuição e a realidade do mercado da época. A empresa argumenta que a concessão do benefício teria impactos financeiros significativos para a companhia, estimados em R$ 787 milhões, o que comprometeria sua sustentabilidade.
A greve, portanto, continua com força, e as partes aguardam a audiência de segunda-feira (29) para tentar avançar nas negociações