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Governador propõe criação de conselho para debater o setor energético

Carlos Moisés esteve reunido com representantes do Sul do estado e entende que criação pode ocorrer já na reforma administrativa
Por Francieli Oliveira Criciúma, 03/03/2019 - 09:22
Foto: James Tavares/Secom/Especial
Foto: James Tavares/Secom/Especial

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Representantes da indústria carbonífera do Sul do estado estiveram reunidos com o governador Carlos Moisés (PSL), na noite de sexta-feira. Em pauta, a necessidade de se debater políticas públicas que fortaleçam o setor para os próximos anos. A principal notícia ficou com o anúncio da criação de um conselho executivo para debater a questão energética.

A intenção é que esse conselho possa estar vinculado a alguma secretaria e já ser incluído na reforma administrativa que ainda não foi encaminhada para a Assembleia Legislativa. “Entendemos que é preciso estabelecer políticas públicas para o setor carbonífero, mas não só para ele e, sim, para todo tipo de energia. Precisamos fortalecer o setor, trazer novas tecnologias que causem menos impacto ambiental. Resumindo: o governo entende que deve incentivar a política e criar um Conselho Estadual de Minas e Energia e vincular isso a uma secretaria específica. Estamos em tempo de propor isso na reforma administrativa para que possamos contemplar a atividade e manter esse segmento na pauta do governo”, afirmou Moisés.

A intenção é ainda elevar essa discussão ao âmbito nacional com a participação de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. “Além das políticas estaduais, devemos envolver os parlamentares federais dos três estados para que juntos no âmbito federal possamos buscar destinos melhores para todas as fontes de energia”, ratifica o governador.

O secretário da Fazenda, Paulo Eli, também participou da reunião e ouviu um relato da atual situação do setor do presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Luiz Zancan. Santa Catarina produz aproximadamente sete milhões de toneladas de carvão e o setor carbonífero gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos no estado. Na região de Criciúma, são 3 mil empregos diretos.

“Foi uma reunião extremamente produtiva. O governador foi bastante positivo no sentido de imediatamente procurar estruturar um conselho que venha orientar as políticas públicas, ligando os três estados do Sul, que têm o carvão como seu principal elo de ligação no setor de energia”, destacou Zancan.

O presidente da ABCM colocou ainda a importância de ampliar a discussão para nível federal e buscar políticas públicas que possam atrair investidores. Ele ainda acrescentou que o crescimento do país passa pela setor energético. “Nós não avançaremos no Brasil se não tivermos energia. É fundamental que se possa sentar à mesa com todos os agentes e discutir políticas públicas que venham a garantir que a gente tenha um suprimento de energia seguro, confiável e de baixo custo”, finalizou Zancan.

A reunião de ontem é uma entre uma série realizada pelo governador Carlos Moisés na busca de ouvir os setores empresariais. A indústria carbonífera vem manifestando preocupação com a atual política de incentivos fiscais do Governo do Estado, que pode inviabilizar muitas empresas se não for revista.

Além das mineradoras, há toda uma cadeira produtiva envolvida e uma série de pequenos negócios que se especializaram e vendem somente para as carboníferas. O setor movimenta R$ 738 milhões ao ano nas cidades de Lauro Müller, Treviso, Siderópolis e Criciúma. São cerca de R$ 25 milhões ao mês somente em salários.

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