Desde o início da invasão russa à Ucrânia, o valor do barril do petróleo passou dos US$ 100 e pode atingir ainda US$ 120. Caso isso realmente aconteça, o valor da gasolina pode chegar a R$ 10 o litro, de acordo com projeções. O diesel, por sua vez, pode alcançar R$ 6,50. Em entrevista ao programa 60 Minutos, da Rádio Som Maior, o empresário Beto Benedet enxerga com muito pessimismo essa possibilidade.

"Muito assustador. Praticamente, inviabilizaria grande parte dos abastecimentos. Os postos teriam um reflexo muito negativo e é com muito temor que recebo essas informações. Nós, revendedores, estamos bem submissos a tudo isso, sendo que as companhias não nos informam das situações atuais, se esses reajustes devem chegar e a quanto devem chegar", afirmou.

Segundo o revendedor, dono da rede de postos São Pedro em Criciúma, a Petrobras garante a maior parte do combustível, mas uma parcela tem de vir de outros países. "As informações que temos é de que a Petrobras está suprindo 80% do petróleo para as distribuidoras e 20% tem de ser importado, principalmente o diesel. Não saberia dizer quais patamares poderiam alcançar esses reajustes. Estamos segurando uma margem bem baixa em torno de 10% na gasolina e abaixo disso no diesel para não repassar os preços", explicou ele.

Mesmo com todas essas possibilidades de aumento, o combustível na região Sul de Santa Catarina continua sendo um dos mais baratos do estado. "Recentemente, a cidade, em função da redução do volume de venda, acabou baixando um pouco o preço, voltando a um preço médio de R$ 6,17 a R$ 6,19, mas ainda está defasado em relação a outras cidades. No estado, a nossa região é uma das que está com o menor valor de gasolina e do óleo diesel", argumentou Beto Benedet.

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