O futuro da Cooperativa de Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma (Cooperminas) deverá ser definido ainda na próxima semana, em uma Assembleia Geral extrajudicial realizada entre trabalhadores e cooperados. A entidade está interditada desde 2017 pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e trabalhadores seguem lutando pelo pagamento de salários atrasados.

Recentemente, os mineiros inciaram um movimento justamente com o intuito de cobrar os salários atrasados. Nesta quinta-feira, 9, foi acordada a realização da assembleia geral da próxima semana. Já nesta sexta, uma outra reunião irá acontecer. 

"Sentarei com o Tiago (presdiente da Cooperaminas) novamente, e vamos pegar algumas folhas com ele e conversar sobre essa assembleia. Agora é para dar uma decisão final da real situação, e isso irá acontecer lá na Cooperminas mesmo. Lá é o ponto onde a gente vai fazer a nossa cartada final", disse o mineiro Celio Roberto.

Celio ressalta que na assembleia aconterá todos os tramites legais entre as duas partes, funcionários e cooperados, para que se chegue a uma solução que vem se estendendo já há anos. "Nessa asembleia tomaremos o rumo certo da empresa, para dar um basta nisso. Não adianta empurrar uma mina daquela lá do jeito que está", pontuou.

Pagamentos

A busca dos trabalhadores da Cooperminas pelo pagamento é algo que vem sendo reforçado há pelo menos três anos. "Entre dos mineiros há muito questionamento sobre os pagamentos atrasados, isso vem se arrastando desde 2016. Por isso que foi feito esse movimento por parte dos fichados, para que seja tomada uma providência referente a isso.Depois de muito tempo nós sentaremos todos juntos para decidir de uma vez", destacou Celio.

O mineiro ainda ressalta que é com muita dor no coração que os trabalhos da mina se encaminham para um fim. "Nosso propósito era de alguma forma a mina se reestabelecer novamente, mas a atual  dívida que ela possui é muito grande, não vamos conseguir reverter esse procedimento", disse.