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Entenda o caso dos respiradores

Até agora, entre outros desdobramentos, fato gerou a Operação O2, pedidos de impeachment e CPI
Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 18/05/2020 - 16:20
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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Além de enfrentar a pandemia do novo coronavírus, há algumas semanas Santa Catarina convive com um escândalo que tomou grandes proporções: a compra de 200 respiradores com o pagamento antecipado de R$ 33 milhões por parte do Governo do Estado.

O fato gerou uma grande crise no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), resultando na queda de dois secretários de Estado, pedidos de impeachment - são cinco contra Carlos Moisés no total -, CPI na Alesc e ainda a Operação O2, desencadeada em 12 cidades e quatro estados. 

O fato veio à tona no dia 28 de abril por meio de uma reportagem do The Intercept Brasil que denunciou a compra e o pagamento antecipado. A informação foi repassada também pelo comentarista da rádio Som Maior, Marcelo Lula através do seu site SC Em Pauta.


Linha do tempo do caso dos respiradores:

 

1º de abril – Governo de Santa Catarina paga R$ 33 milhões de forma antecipada pela compra de 200 respiradores junto à empresa Veigamed.

 

7 de abril – Segundo cronograma da empresa, os equipamentos eram para chegar em Santa Catarina no dia 7 de abril, o que acabou não acontecendo.

 

28 de abril – Reportagem do The Intercept Brasil denunciou a compra e o pagamento antecipado por parte do Governo de Santa Catarina. A informação foi repassada também pelo comentarista da Rádio Som Maior, Marcelo Lula através do site SC Em Pauta.

 

30 de abril – Devido ao escândalo dos respiradores, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, pede exoneração. O até então secretário-adjunto André Ribeiro foi efetivado na pasta. No mesmo dia, a Assembleia Legislativa (Alesc) abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades na compra dos respiradores.

 

9 de maio – Uma operação conjunta entre Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Gaeco e Deic foi desencadeada em 12 municípios e quatro estados (Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso). A Operação O2 investiga os possíveis crimes contra a administração pública ocorridos em processo de dispensa de licitação por parte do governo catarinense. Na ocasião a força tarefa, entre outras coisas, sequestrou R$ 11 milhões de uma conta.

 

No mesmo dia, a Veigamed divulgou nota apresentando um novo coronograma de entrega dos equipamentos. Sendo que o primeiro lote, com 50 respiradores, chegaria em São Paulo no dia e levaria 24 horas para desembarcar em Florianópolis. Os outros três lotes, com 50 aparelhos cada, conforme o cronograma da Veigamed, deveriam ser enviados da China nos dias 17, 22 e 27 de maio.

 

10 de maio – Secretário Chefe da Casa Civil, e um dos principais apontados no caso dos respiradores, Douglas Borba pede exoneração. Ele é um dos oito que teve a prisão solicitada na Operação oxigênio. Amandio João da Silva Junior assumiu a secretaria. 

Douglas Borba e Helton Zeferino caíram após divulgação do caso dos respiradores

 

11 de maio – É retirado o segredo de justiça do processo que, na época, possuía mais de 400 páginas. Nele, qualquer cidadão pode ver os oito pedidos de prisão solicitados, maios negados, as conversas entre os envolvidos no esquema e os demais fatos apurados pela investigação.

 

12 de maio – Já são cinco os pedidos de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). O último deles, protocolado na Alesc pelos deputados Maurício Eskudlark (PL), ex-líder do governo e Ana Caroline Campagnolo, do mesmo partido, mas rompida com o governador.

 

14 de maio – A CPI dos Respiradores da Alesc ouve os cinco primeiros depoimentos. Falaram aos deputados  que compõem a comissão: o chefe da Defesa Civil do Estado, coronel BM João Batista Cordeiro Junior; o ex-secretário-adjunto da Casa Civil Mateus Hoffmann; o advogado Leandro Adriano de Souza; a diretora de Gestão de Licitações e Contratos da Secretaria de Estado da Administração, Karen Sabrina Bayestorff Duarte; e a advogada Mariana Rabello Petry. 
 

CPI dos Respiradores ouve os primeiros depoimentos

 

Tags: coronavírus

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