Pouca gente nas ruas, ônibus parados, comércio fechado, empresas sem funcionar ou com capacidade reduzida. Os últimos seis meses foram diferentes de tudo que já se viu e tudo devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 

O vírus que surgiu em Wuhan, na China, chegou ao Sul de Santa Catarina no dia 15 de março. O primeiro teste positivado foi registrado em Braço do Norte, na Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel). Três dias antes, no dia 12 de março, Santa Catarina registrava os dois primeiros pacientes positivados. Um homem de 34 anos e uma mulher de 28 anos. 

Criciúma não demorou muito para confirmar o primeiro caso. Foi em 20 de março: uma mulher de 37 anos de idade com histórico de viagem recente aos Estados Unidos e que havia realizado o teste no Hospital da Unimed quatro dias antes.
Quase seis meses deste primeiro caso, Criciúma soma exatos 5.900 casos confirmados da doença e 83 mortes. A maior incidência foi registrada entre os meses de julho e agosto, inclusive com a preocupação com relação à ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de clínicas.

O caso de Criciúma foi também o primeiro da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). Hoje, somadas as 12 cidades ultrapassam os 12,7 mil casos. São 12.744 no total. Deste total, 11.570 estão recuperados. Com relação aos óbitos, são 183.

Mais de 200 mil casos no estado

Seis meses depois do primeiro caso, Santa Catarina soma 200.241 pacientes com teste positivo para Covid-19, sendo que 190.253 estão recuperados e 7.419 continuam em acompanhamento. Até esta essa terça-feira, 15, 2.569 mortes foram causadas pelo coronavírus. O coronavírus está presente em todos os 295 municípios catarinenses e 219 deles têm registros de óbitos. 

Mais que uma crise na saúde

Em seis meses, muita coisa acontece e em Santa Catarina, houve lockdown, preocupação com a economia e, entre os assuntos mais falados, o escândalo dos respiradores que culminou na Operação Oxigênio. O início de tudo foi o pagamento adiantado por parte do Governo do Estado de R$ 33 milhões por 200 respiradores que até agora não foram entregues. O fato culminou ainda em uma CPI na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), na queda de secretários de Estado e em uma crise política no Governo do Estado. 

O futebol parou no mundo todo e em Santa Catarina não foi diferente. Depois de meses paralisado, o Estadual foi retomado sem torcida. A final ocorreu apenas em setembro com o título indo para a Chapecoense.