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Em discussão, o fim dos cursos profissionalizantes do Bairro

Encontro, na Fiesc, irá debater a continuidade ou não do repasse de recursos do Senai para a instituição
Por Francieli Oliveira Criciúma, SC, 03/12/2018 - 06:29
José Altair Back, presidente do Conselho do Bairro / Foto: Arquivo / 4oito
José Altair Back, presidente do Conselho do Bairro / Foto: Arquivo / 4oito

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Após a notícia de que o curso profissionalizante oferecido pelo Bairro da Juventude está ameaçado por mudanças nos critérios de repasses por parte do Senai vir à tona, houve uma grande movimentação em Criciúma e uma reunião foi marcada para, hoje, às 11h, com o presidente da Federação das Indústria do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário César Aguiar.

“Nós acreditamos que essa reunião vai ter uma solução positiva. A manutenção desse convênio é a oportunidade de dar emprego para pessoas que não conseguiriam se profissionalizar”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Bairro da Juventude, José Altair Back. O encontro foi marcado pelo presidente do Sindicato das Indústrias Plásticas da Região Sul (Sinplasc), Reginaldo Cechinel.

Back salienta ainda a importância de manter a parceria, que beneficia jovens, que desenvolvem uma profissão. “Lá é inclusão. É a oportunidade de incluir esses jovens na sociedade, com trabalho digno e um curso de primeira qualidade. O Senai vai entender que a maneira que está sendo feita o curso lá é a melhor que tem”, acrescentou.

Na semana passada, a diretora-executiva, Silvia Zanette, expôs a possibilidade de fechamento da escola técnica a partir do próximo ano. “Mas não temos essa situação como encerrada, estamos buscando uma solução, pedindo uma reunião com o presidente da Fiesc, com a direção do Senai e pensamos que isso possa ser revertido”, salientou ela.

Parceria de quatro décadas

O convênio entre o Bairro da Juventude e o Senai ocorre há 40 anos e é a principal fonte de financiamento dos cursos profissionalizantes. Atualmente são repassados R$ 30 mil mensais. “É uma parte do recurso utilizado para a manutenção da escola profissionalizante, mas é uma parte importante e essa informação é extremamente preocupante e coloca em risco até mesmo de fechamento dos cursos técnicos”, destacou a diretora.

São 540 alunos, entre 14 e 18 anos, estudando em sete cursos profissionalizantes. “A nova regra imposta pelo Senai, a vinculação do aluno com a indústria, é o oposto da missão do Bairro, que é trazer esse jovem que se encontra em situação de vulnerabilidade, fortalecer valores, agregar conteúdo à sua vida profissional e depois, sim, inserir no mercado de trabalho. Nós não podemos aceitar porque estamos ferindo a nossa missão”, detalhou Silvia.

Caso a decisão não seja revista, calcula-se que a adequação possa ocorrer apenas para entre 140 a 160 jovens. “Esperamos que isso não seja interrompido, nosso convênio com o Senai tem mais de 40 anos e estamos lutando para que não chegue ao fim, não conseguimos viabilizar a nova regra e queremos uma solução”, complementou a diretora.

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