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Crises políticas são causadas por falta de habilidade de Bolsonaro, avalia cientista politico

Especialista enxerga que saída de Moro do governo pode dividir apoiadores
Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 28/04/2020 - 10:54 Atualizado em 28/04/2020 - 10:58
Foto: Reprodução
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Constantes desde o início do mandato, as crises políticas vem marcando o governo Bolsonaro. A mais recente, pode ter sido a mais importante até então. A saída, e principalmente a forma da saída, do ex-ministro Sergio Moro pode trazer reflexos para o índice de apoio da população ao governo.

Mestre em Ciência Política pela USP, Vitor Oliveira, afirmou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, que muitos problemas surgem pela dificuldade que o presidente encontra para se expressar e se relacionar com os políticos. A crise entre o governo e Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de querer inteferir em investigações da Polícia Federal, traz ingredientes novos para o palco político.

"Com tudo que ele representou no combate a corrupção e também na mobilização política desde o tempo do impeachment da Dilma até aqui, Moro é uma bandeira de parte da sociedade, que de certa forma apoiava Bolsonaro. É o elemento novo dessa crise, essa divisão na principal base de apoio ao presidente", comentou o especialista.

De acordo com Oliveira, é perceptível que há muitas pessoas com o sentimento dividido no momento. "Quando esses dois personagens entram em choque, também entra em choque a preferência política das pessoas", afirmou.

Eleições municipais

O cientista político comentou na entrevista que ainda é muito cedo para traçar um cenário das próximas eleições por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Primeiro dos assuntos a serem resolvidos é a data do pleito, que pode ser adiado para novembro ou dezembro. "Existe rumor em Brasília, o próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, já comentou que espera que não seja adiada", contou Oliveira.

O adiamento para o próximo ano ou 2022 é praticamente descartado. Prorrogar os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores é um ponto praticamente descartado pelo TSE. "Essa crise toda de uma forma mexe com as peças no tabuleiro. A gente sabe que fora das grandes capitais, as eleições se debruçam em questões locais. Já nos centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, elas ganham um contorno nacionalizado", comentou.

 

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