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Covid-19 tem cura, mas causa ainda é desconhecida pela medicina

Na Unimed de Criciúma é feito mapeamento sobre internados e parâmetros do vírus; sete pacientes permanecem em UTI sob uso da cloroquina
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 06/04/2020 - 12:40 Atualizado em 06/04/2020 - 12:41
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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A maioria dos pacientes que são internados em UTI com Covid-19 em Criciúma conseguiu a cura. Não há o diagnóstico de causa, se a cloroquina surtiu ou não efeito. Chegando à quarta semana de convívio diário com o coronavírus, o presidente da Unimed, Leandro Avany Nunes, compartilha algumas observações feitas pela equipe médica.  A avaliação particular de Leandro é que o vírus se manifesta de forma leve ou grave, sem meio termo, e de que chegou o momento de aprender a conviver com ele.

"A Covid tem cura, mas não é porque ela tem cura, que vamos deixar de tomar os cuidados. No final de semana passado eu demonstrei uma grande preocupação, com grande aumento de internações de casos moderados a graves. A impressão que a gente tem é de que o paciente desenvolve dois tipos de doença: ou é leve, de uma gripe comum, ou é grave, que precisa ser internado. Chegamos a essa conclusão, de que não há o meio termo", analisa Leandro.

A Unimed criou um plano de mapeamento do vírus nos pacientes. Todos os exames são colocados em programa de inteligência artificial que vai permitir, em breve, analisar os melhores parâmetros. A observação é de que, com o uso da cloroquina, diminui o número de pacientes que necessitam de internação na UTI. Porém, não se pode afirmar que tenha relação com o medicamento.

"A cloroquina hoje está sendo usada com critérios de internação, dos pacientes com quadro moderado ou grave. A cloroquina tem efeitos colaterais, tem que ser feito eletro recorrente a cada dois ou três dias, porque pode dar arritimia. Utilizamos em todos; observacional: não faz diferença nenhuma a princípio nos casos graves de UTI. A gente conseguiu diminuir muito os pacientes de andar que vão para a UTI. É difícil afirmar se é a hidroxicloroquina", afirma Leandro.

O médico mostra-se otimista quanto ao combate à epidemia na cidade. Na Unimed, permanecem internados na UTI sete pacientes, sendo seis confirmados de Covid-19, um em estado mais grave. Entre os internados, cinco estão com mais de 60 anos, um de 34 e outro de 27 anos. 

"Esses graves a gente consegue curar muita gente. Temos uma paciente muito querida, próxima da gente, e ela teve uma melhora muito grande. A gente acredita muito que essa cura vai vir. Perdemos um paciente, uma perda inestimável para nós, para a cidade e principalmente para a família", afirma Leandro.

Estima-se que 1,3 mil pessoas foram atendidas no hospital de campanha disponibilizado pela Unimed em Criciúma. Com o hospital especial para os quadros gripais, conseguiu-se isolar os outros dois locais atendimentos do vírus. Postura semelhante à tomada pela prefeitura de Criciúma, que abriu dois centros de triagem no município. 

"Analiso muito a mortalidade. O Brasil tá com 0,002% de mortalidade, parecido com Alemanha e Coréia do Sul. Aqui no Sul, estou otimista. Temos uma mortalidade comparada às melhores realidades do mundo. Em Criciúma, essas medidas tomadas foram extremamente eficientes. Agora a gente entra no momento de conviver com o vírus. Vamos ter pacientes internados, podemos ter mortalidade, mas a gente tem que começar a viver, seguir em frente até que venha uma vacina ou um tratamento mais eficiente", concluiu Leandro.

Tags: coronavírus

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