Com a atualização do mapa de risco potencial do novo coronavírus na manhã desta quarta-feira, 25, a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) voltou para o gravíssimo (de cor vermelha). Apesar da mudança de classificação e do grande aumento de casos e internações na região, medidas severas como as que foram tomadas pelo Governo do Estado não deverão ser aplicadas novamente na região.

“Infelizmente a população não fez a parte dela. Mas há o consenso que de fato o fechamento não está dentro dos planos, até porque já se foi provado por A + B que não foram as indústrias que causaram essa aceleração, nem as igrejas, e nem o comércio”, declarou o presidente da Amrec e prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin. 

Na terça-feira, os prefeitos da Amrec estiveram reunidos para tratar sobre a questão da lotação de leitos na região. Unidades como o São José e São Donato já estão com todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotados, e com os de enfermaria próximos do limite, preocupando o poder público.

Os prefeitos, inclusive, entraram em contato com o secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, para buscar ajuda na abertura de novos leitos na região. “No São José temos 10 leitos desativados porque estão fazendo técnicos. Pedimos que o Estado entrasse nessa questão de contratação dos técnicos, porque isso faria com que desafogou um pouco e aumentasse a disponibilidade de leitos”, disse Ademir.

O prefeito da Amrec destaca ainda a necessidade de reforçar campanhas de conscientização da população, para que as medidas de segurança voltem a serem cumpridas por todos. A fiscalização da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar também deverá ser intensificada nos próximos dias, por mais que ainda não há nenhum reforço efetivo neste sentido.

“Vamos intensificar a fiscalização dentro daquilo que hoje é feito, a questão do distanciamento social, de volta das igrejas, bares e lanchonetes com todos os cuidados de 30% de lotação. Sabemos que não foram esses estabelecimentos que causaram isso, sabemos que as indústrias mantêm também forte proteção”, afirmou.