Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Covid-19: As diferenças nas listas são razões de cobrança

Nas redes sociais, jornalista cita defasagem do Estado, que cita 1.091 casos, enquanto prefeituras apontam 1.276 registros
Por Denis Luciano Florianópolis, SC, 22/04/2020 - 13:35 Atualizado em 22/04/2020 - 13:40
Leonel Camasão na Rádio Som Maior em 2018 / Arquivo / 4oito
Leonel Camasão na Rádio Som Maior em 2018 / Arquivo / 4oito

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Há uma clara defasagem entre os números de casos confirmados de coronavírus anunciados, por exemplo, pela Vigilância Epidemiológica de Criciúma e pela Secretaria Estadual de Saúde. No relatório estadual divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 21, a cidade constava com 46 casos. Poucas horas depois, o município divulgou 78 registros positivos para Covid-19.

As diferenças vêm pautando diversos questionamentos. Um deles foi levantado no começo da tarde desta quarta-feira, 22, pelo jornalista Leonel Camasão, que foi um dos candidatos ao Governo do Estado derrotado por Carlos Moisés (PSL) no pleito de 2018. Camasão concorreu na ocasião pelo PSOL e terminou a disputa em quinto lugar entre oito concorrentes, com 2% dos votos, 72.133.

"Acabo de fazer um levantamento nos sites de 16 Prefeituras de SC sobre casos confirmados de COVID-19. A diferença em relação ao boletim do Governo do Estado chega a 185 casos! Carlos Moisés precisa dar explicações ao povo catarinense imediatamente!", postou Camasão. Ele mencionou ao menos dois casos de discrepâncias de números entre cidades do sul. "As cidades com mais casos omitidos do boletim estadual são Florianópolis (+67), Braço do Norte (+46), Criciúma (+32) e Blumenau (+17). O levantamento incluiu as 15 maiores cidades de SC e também o município de Braço do Norte, uma das cidades com mais casos no Estado", referiu.

Covid-19 em SC

Secretaria de Estado da Saúde - 1.091 casos

Levantamento junto às secretarias municipais - 1.276 casos

 

Em termos percentuais, as maiores diferenças apontadas por Camasão entre o dado estadual e o dado municipal estão justamente no sul: Braço do Norte, com 170,3%, e Criciúma, com 69,5%.

O jornalista lembrou que, em várias cidades, a diferença se dá pelo computar ou não de dados oriundos da rede privada. "Em algumas cidades, veículos de imprensa afirmavam que o Governo do Estado não contabiliza casos confirmados na iniciativa privada ou não-validados pelo LACEN do Estado. Mesmo assim, é ultrajante que os dados já confirmados não sejam colocados à disposição do público", observou. 

Na contabilidade geral, Camasão viu diferença de 17% entre os infectados anunciados pelo Estado e os contabilizados pelos municípios. "A diferença no número total de infectados é de 17%. Ao invés de 1.091 casos, já são 1.276. Não podemos aceitar desculpas como demora nas comunicações entre Prefeituras e Estado ou problemas de informática. Carlos Moisés precisa dar explicações imediatamente!", completou. "Eu sou jornalista e também é minha função fazer esse tipo de questionamento. Mas estou na política, o que poderia gerar dúvidas. Mas será que não tem um único veículo de comunicação capaz de QUESTIONAR as informações do governador? É aterrorizante", concluiu.

A tabela feita por Leonel Camasão

Questionados em algumas entrevistas coletivas sobre as diferenças, o governador Moisés e o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, comentaram que a tabulação dos dados leva em conta os resultados apontados pelo Laboratório Central (Lacen) e nem sempre eventuais correções acontecem rapidamente na troca de dados entre as secretarias municipais e a estadual de Saúde.

Tags: coronavírus

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito