Até esta sexta-feira, 20, todos os trabalhadores com direito ao 13º salário já devem receber o tão aguardado pagamento. O dinheiro, além de destinado para a quitação de contas e a compra de presentes de final de ano, também pode ser utilizado para investimentos - assim como explica o economista Lucas Rocco. 
 
Segundo Lucas, com o crescimento e a variação de investimentos no mercado atual, não vale mais a pena o cidadão investir somente em um Pós Fixado - que nunca oscila para baixo, conta com liquidez diária e possui risco zero, com uma garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 200 milhões. Isso porque esta “comodidade” acaba gerando pouco retorno ao trabalhador. 
 
“O investidor agora vai ter que abrir mão de uma dessas três características [oscilação que nunca vai para baixo, liquidez diária e risco zero], talvez das três coisas juntas, para conseguir os melhores retornos possíveis”, comentou Lucas. “Para isso, ele terá que, basicamente, migrar para ações, fundos de investimento imobiliário ou na própria renda física, em títulos com inflação mais taxa”, completou. 
 
O economista destaca ainda que investimentos como estes podem até demorar para dar o retorno esperado, ou até mesmo nunca dar retorno, dependendo da ação do imóvel que for comprado, mas que os resultados alcançados são maiores. “É um mundo com mais incertezas mas que, se bem orientado, o investidor pode ter um retorno acima do que esperava”, ressaltou Lucas, afirmando que investimentos como estes nunca devem ser realizados com todo o dinheiro possível, contando sempre com um “porto seguro”.
 
E um dos mercados que, apesar de polêmico, vem crescendo frequentemente no número de investimentos é o da Cannabis. Lucas destaca que a XP Investimentos lançou um fundo de ações brasileiro que investe no mercado de cannabis internacional, e que isso tem sido alvo de muitas pessoas. 
 
“Como foi legalizada a planta no foco medicinal de muitos países, a procura tem sido bastante grande por investidores que entendem do potencial da planta. Desta área, ⅔ dos investimentos são voltados para empresas que atuam na parte farmacêutica do produto no uso medicinal, e a outra parte é para questões recreativas”, concluiu o economista, destacando que isto mostra o grande leque de investimentos atualmente no país.