Aos poucos, a Capital da Gastronomia Típica Italiana vai retomando o seu ponto forte. Os restaurantes de Nova Veneza têm registrado elevação no movimento e os proprietários seguem com um rígido protocolo de cuidados no enfrentamento ao coronavírus.

A presidente da Associação Neoveneziana de Turismo (Anet), Franciele Ghelere, diz que todas as exigências estão sendo cumpridas. “Distanciamento entre as mesas, os clientes só tiram as máscaras mesmo durante a refeição. Para circular no estabelecimento é obrigatório o uso. Os colaboradores usam máscara e luvas, o álcool gel é disponibilizado, entre outras medidas”, ressalta.

Franciele conta também que desde a semana passada os empresários fizeram uma parceria com os brigadistas para que estes prestem todas as orientações na praça da cidade. “As mesas da praça que são utilizadas para jogar baralho estão interditadas. Além disso, os brigadistas conversam com as pessoas e entregam máscaras para aqueles que não têm”, explica. 

Ela fala que o movimento do fim de semana melhorou e que o surgimento de novos casos de Covid-19 na cidade nada tem a ver com a presença dos clientes. Com a melhora desta procura pelos estabelecimentos após a quarentena, novas medidas podem ser tomadas. “Teremos uma reunião com prefeito e com a Vigilância Epidemiológica amanhã (terça-feira), para ver as medidas que podem ser tomadas a partir de agora. Precisamos que os clientes venham para retomarmos”, relata.

A secretária de Cultura, Esporte e Turismo de Nova Veneza Susan Bortoluzzi Brogni lembra que, assim como em outras cidades turísticas, o setor em Nova Veneza foi impactado, mas que após a liberação, aos poucos as coisas vão buscando a sua normalidade, ressaltando os cuidados. “Temos o decreto que todas as pessoas devem usar máscaras e vimos que os turistas estão voltando. Nesse fim de semana tivemos um crescimento substancial nos estabelecimentos gastronômicos e visitando a praça. Muitas famílias visitando a cidade”, salienta Susan, acrescentando que o controle por parte do Município é grande. “Não se entra nos estabelecimentos sem máscara e sem higienizar as mãos antes. A Secretaria de Saúde tem feito todo o trabalho de conscientização”, completa.

Números negativos

Franciele revela que nem todos os estabelecimentos já reabriram as portas e revela que muitos precisaram tomar algumas medidas. “Em torno de 80% dos trabalhadores tiveram a jornada reduzida ou o contrato de trabalho suspenso. Além disso, os estabelecimentos movimentavam R$ 12 mil nos fins de semana somente com free lancer, o que deixou de acontecer”, lamenta.