A coluna do jornalista Flavio Ricco, do Uol, aponta para a possibilidade de uma nova fórmula da Série A do Campeonato Brasileiro de futebol masculino. A informação do colunista é de que a CBF propôs aos clubes um torneio iniciando no mês de maio, realizado em São Paulo com os portões fechados. As datas, no entanto, poderiam conflitar com os campeonatos estaduais. Caso a Série B seja concomitante, atingiria os clubes catarinenses. A Federação Catarinense de Futebol (FCF) continua na expectativa para concluir o estadual em maio.

A FCF projeta a possibilidade de recomeçar os jogos com portões fechados no dia 9 de maio. Os jogadores retornariam das férias coletivas no dia 20 de abril e teriam uma espécie de pré-temporada. Os times teriam a possibilidade de renovação contratual de um mês para os jogadores cujo vínculos expiram em abril. Um ofício sobre o assunto será encaminhado nesta semana para o governo do Estado.

"Se o governo autorizar, fazemos uma vídeo conferência com todos os presidentes de clubes para acertarmos como faremos e para dar toda a segurança aos atletas, se vamos fazer testes rápidos, se vamos conseguir comprar. Dar condições aos atletas de entrarem em campo com segurança. Vamos solicitar para que possamos terminar mesmo sem público, mas para isso precisamos da concordância de todos os clubes. Era um momento de arrecadação melhor no campeonato, precisamos dialogar e ver se os órgãos governamentais nos permitem fazer isso", explicou o presidente da FCF, Rubinho Angelotti.

Em coletiva no começo desta semana, o governador Carlos Moisés diz ainda desconhecer sobre o ofício e não posicionou-se sobre a possibilidade do retorno dos jogos de futebol no Estado.

"Não chegou às minhas mãos. No momento em que chegar, vai ter que ser analisada a forma para que o campeonato aconteça. Não é permitido o evento com público, então essa é a dificuldade que vamos ter. Tem que ser discutido para ver segurança, viabilidade e as possibilidades de fazer. Tem que ver o que acontece no mundo desportivo, mas a plateia dificilmente será permitida", afirmou Moisés.

A FCF precisa, além da autorização do governo, entrar em acordo com os clubes e o sindicato dos atletas. "Acredito que essa liberação vai demorar bastante. Está aumentando os casos da epidemia, agora chega o inverno. Estamos todos apreensivos com isso tudo. Patrocinadores, placas de estádio, precisamos entregar esse produto. Não depende da gente dizer vamos fazer assim ou assado. Talvez o prejuízo seja para todos, mas não podemos colocar ninguém em risco dentro de campo ou no estádio para torcer", pondera Angelotti.

Na suposta proposta da CBF para o Brasileirão, que segundo o colunista Flávio Ricco só não teve a concordância do Flamengo, o campeonato ocorreria em dois grupos com dez times. Os quatro primeiros de cada chave avançariam a uma fase de mata-mata. O jornalista do Yahoo e da Espn, Jorge Nicola, publicou que a Conmebol avalia a possibilidade de anulação da Copa Libertadores e Sul-americana de 2020.