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Bruno Henrique, atacante do Flamengo, é alvo da PF por esquema de apostas

Segundo a PF, ele teria agido deliberadamente em partida a favor de apostadores

Por Redação Criciúma, 05/11/2024 - 11:05 Atualizado em 05/11/2024 - 11:36

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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, que apura manipulação em um jogo do Campeonato Brasileiro.

O jogador é suspeito de ter recebido cartão amarelo no jogo entre Flamengo e Santos, no dia 1º de novembro de 2023, pelo Brasileirão, para favorecer apostadores. Na manhã desta terça-feira (5), mais de 50 agentes federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, em endereços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).

Entre os locais investigados pela PF no Rio, estão o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, a sede social na Gávea e a residência do jogador na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Bruno Henrique estava em casa, onde foram apreendidos seu computador e celular.

Veja a nota completa do MPRJ:

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Federal, em apoio à operação do GAECO do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (5), a Operação Spot-fixing, para apurar possível manipulação do mercado de cartões, em partida de futebol válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A, ocorrida em novembro de 2023. Entre os alvos da operação o jogador e apostadores.

Mais de 50 Policiais federais e seis promotores de Justiça do GAECO/DF cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, Vespasiano/MG, Lagoa Santa/MG e Ribeirão das Neves/MG. A operação também conta com o apoio do GAECO de Minas Gerais.    

A investigação teve início a partir de comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro.

No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às casas de apostas, por intermédio dos representantes legais indicados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração.  Durante a partida, verificou-se que o atleta efetivamente foi punido com cartão. Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão.


 

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