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Atualização de Plano de Cargos e Salários gera discordância em Araranguá

Sindicato dos servidores pede maior participação, por outro lado, Prefeitura afirma que novas regras valem para contratação futuras sem mexer nos atuais trabalhadores
Por Francieli Oliveira Criciúma, 25/09/2018 - 06:14
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A atualização do Plano de Cargos e Salários está gerando discordância entre a Administração Municipal e os servidores de Araranguá. A proposta apresentada pelo Executivo deve ser apreciada, em sessão extraordinária, nesta noite, na Câmara de Vereadores. Entre as polêmicas está a retirada da regência de classe aos professores e a extinção dos cargos em vigência. As novas regras não afetam os atuais trabalhadores, mas, se aprovadas, serão colocadas em prática para os próximos concursos.

A justificativa do Executivo é que a atualização do Plano de Cargos e Salários é totalmente necessária para se manter a saúde financeira da Prefeitura. “O que queremos é a médio e longo prazo colocar as novas regras em vigência e garantir a austeridade financeira do Município e poder aplicar esses recursos na educação, na saúde”, explica o assessor jurídico da Procuradoria de Araranguá, Francisco Diello de Souza.

Para ele, a retirada da regência de classe para os futuros professores vem no mesmo caminho já adotado por outros municípios e estados, como Santa Catarina. “Atualmente, o Município gasta R$ 7 milhões ao mês com a regência de classe. Por enquanto, nos sustentamos, mas perto do limite e como não há aumento de receita é necessária a mudança”, acrescenta Souza, citando o exemplo do Rio Grande do Sul que encontra sérias dificuldades para quitar a folha de pagamento.

Já a extinção de cargos, de acordo com o Procurador, é necessária para não haver duas legislações em vigência, o que causaria dificuldade de interpretação. “Esses cargos em maioria serão criados novamente, mas com atualização nas atribuições, como por exemplo, hoje, temos digitador, recepcionista e auxiliar administrativo, o digitador e o recepcionistas serão atribuições do auxiliar administrativo”, exemplifica.

Outra modificação é que todos os cargos terão como pré-requisito Carteira Nacional de Habilitação. “Hoje, por exemplo, temos um terapeuta ocupacional que precisa de um motorista para realizar as visitas, com a atualização, poderá utilizar o carro da Prefeitura”, conta o assessor jurídico.

Sindicato cobra participação e denuncia fim de direitos

Servidores municipais estiveram reunidos ontem em protesto às alterações propostas pelo Executivo. “Queremos que o prefeito atenda os servidores, o servidor não foi ouvido e também não entendemos porque tanta pressa”, relata a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araranguá, Simone Zilli Silvestre. “Demoraram seis meses para elaborar e deram menos de uma semana para que pudéssemos analisar o projeto. Queremos dois meses para que possamos criar uma comissão”, acrescenta.

Para ela, o maior ataque é contra o magistério. “Vão retirar a regência de classe, a progressão por mérito”, exemplifica. “Ainda estão extinguindo cargos como o de motorista e passando essa atribuição ao servidor. Essa é a maior perda de direitos da história de Araranguá”, enfatiza.

O projeto conta com 88 páginas o que também, dificulta a análise mais aprofundada em pouco tempo. “E há muitas colocações que não estão claras”, finaliza a representante dos servidores.
 

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