Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Associação vai acolher pessoas com Parkinson em Criciúma

Mais de 8,5 milhões vivem com a doença no mundo, segundo a OMS

Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 20/06/2023 - 13:02
Recém-criada, Associação de Parkinson Criciúma quer fortalecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Foto: Arquivo Pessoal
Recém-criada, Associação de Parkinson Criciúma quer fortalecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Foto: Arquivo Pessoal

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Uma condição neurodegenerativa que não tem cura, mas tem tratamento. A doença de Parkinson atinge mais de 8,5 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a estimativa mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número duplicou nos últimos 25 anos. Por isso a conscientização sobre o assunto é tão importante. 

Em Criciúma, Pedro Carlos Mendes e Tatiane Dagostin Felisbino vivem com a enfermidade e se mobilizaram para criar a Associação de Parkinson. Além da medicação e do apoio, o acesso à fisioterapia, indispensável para melhorar significativamente a qualidade de vida, também é uma luta do grupo. 

Diagnóstico

Conforme a OMS, a idade é um fator de risco para a doença, mas jovens também são acometidos. Entre os sintomas do Parkinson, está o aumento gradual de tremores nas mãos e maior lentidão de movimentos. Assim como outras enfermidades, identificar o diagnóstico nem sempre é fácil. Em caso de suspeita, o ideal é procurar um neurologista. 

“As pessoas começam a ter vários sintomas, como por exemplo dor no ombro, antebraço, cotovelo, coluna. Esse foi o meu caso. Começamos a ir atrás de médicos para tentar descobrir a causa desses problemas. Mergulhamos nisso durante um ano, indo repetidamente em ortopedistas, reumatologistas e angiologistas”, relembra Pedro. 

Depois de consultar com vários profissionais, um neurologista o convenceu a fazer um teste terapêutico por 15 dias. “Quando retornei, o chão se abriu. Ele me disse que o meu problema está definido: você tem Parkinson. De pronto, não aceitei, não admiti, não conseguia me convencer. Comecei a buscar outros neurologistas”, relata. 

LEIA MAIS:

O diagnóstico de Tatiane veio aos 37 anos. À época, ela tinha acabado de ter o segundo filho. “Quando ele tinha dois meses, eu comecei a sentir lentidão no braço esquerdo. Começou aquele ponto de interrogação: o que está acontecendo? Não tinha dores. Era uma lentidão ao ponto de não conseguir dar banho no meu filho”, conta. 

Tatiane começou uma jornada visitando diversos especialistas em busca de uma resposta. Até que um ortopedista recomendou que ela consultasse com um neurologista. “Quando a gente pensa em cabeça, a gente sempre espera o pior. De lá, a mãe mobilizou a família toda e tivemos a oportunidade de ir para Joinville. Na primeira consulta com o doutor Alexandre Longo, para a minha felicidade, e infelicidade também porque parece que o mundo cai, veio o diagnóstico”, comenta. 

Ali, era começo de um grande desafio. Tatiane teria que escolher entre parar de amamentar e iniciar o tratamento, ou adiar o cuidado terapêutico para seguir com o aleitamento. A escolha foi por continuar amamentando pelos 10 meses seguintes e depois iniciar a medicação. Assim como Pedro, o tratamento devolveu a ela a qualidade de vida. “Hoje, as portas estão se abrindo para a gente. Não tenho mais vergonha de falar e mostrar o que eu tenho”, salienta. 

Pedro e Tatiane falaram sobre Parkinson no programa Compartilhando da Som Maior. Ouça a entrevista:

Mobilização

Na última sexta-feira (16), os membros da associação tiveram uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Acélio Casagrande, e demais profissionais da pasta, a fim de ampliar a parceria. Um dos encaminhamentos foi protocolar um pedido de uma sala para receber melhor as pessoas com Parkinson e seus familiares em Criciúma. O endereço ainda será definido. 

Para Pedro, apesar da doença ser incurável, é possível amenizar bastante os sintomas e resgatar a qualidade de vida dos pacientes. “Muitos não têm acesso à fisioterapia. Tem muitas pessoas que sofrem preconceito e enfrentam problemas com relação ao atendimento médico e acabam se recolhendo”, ressalta. 

Interessados podem entrar em contato com a Associação de Parkinson Criciúma com Pedro Carlos Mendes, pelo telefone (48) 99987-4429, ou com a Tatiane Felisbino, pelo (48) 99969-3049. 

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito