Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Após ser expulsa do PDT, Paulinha afirma que não se arrepende de ter sido líder de Moisés na Alesc

Deputada destaca que partido pediu cargos e espaços no governo em troca da liderança
Por Paulo Monteiro Florianópolis - SC, 27/05/2021 - 10:51 Atualizado em 27/05/2021 - 10:57
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

A direção executiva nacional do PDT decidiu por unanimidade nesta quarta-feira, 26, expulsar a deputada catarinense Paulinha do partido, sob a alegação de “infidelidade partidária”. A expulsão é resultado de um desgaste entre a parlamentar e o diretório estadual da sigla, situação que vem se arrastando há algum tempo e que acabou sendo ainda mais acentuada quando ela aceitou ser líder do governo de Carlos Moisés (PSL) na Assembleia Legislativa - posição que afirma não se arrepender de ter exercido.

“De modo algum e em nenhum momento [se arrepende de ter sido líder do governo de Moisés], e não teria problema de dizer que me arrependeria se fosse o caso. Primeiro porque o partido tinha uma aproximação real que existia com o Moisés. Segundo que só aceitei a liderança com a anuência do Rodrigo Minotto, que era o nosso deputado”, pontuou a deputada.

Paulinha ressalta ainda que o PDT lhe deu a opção de ser líder do governo na Assembleia, mas sob a condição de exigir a Moisés alguns cargos e espaços para a sigla em troca da posição. A deputada, no entanto, não aceitou a exigência do partido.

“Graças a Deus essa é uma história que tem testemunhas demais para que o partido me confronte e diga agora que não é verdade”, disse. “Não tenho nenhum motivo, apesar da injustiça cometida contra mim por algumas pessoas, de desejar o mal para o PDT. É uma questão de esclarecimento de fatos, trazer luz e verdade para um episódio em que o PDT tenta me colocar em uma posição que eu não mereço”, completou.

Na época em que aceitou ser líder de Moisés na Alesc, Paulinha foi extremamente contestada pela direção estadual do partido, que chegou a dar um prazo de 24 horas para que a parlamentar deixasse a posição. A deputada argumenta ainda que deixou a liderança há meses, de forma tranquila, e que a situação não deveria estar sendo tratada dessa forma.

“Eu vejo que o governo Moisés cometeu seus erros sim no aspecto relacional, mas é um governo íntegro, tenho muito orgulho de poder ter contribuído de alguma maneira naquele episódio. E outra, o PDT jamais poderia se fechar, porque mesmo depois que conversei com o Lupi ele me disse: Paulinha, entrega a liderança, nós conversamos sobre isso e tá tudo certo. E mesmo fazendo isso, seis meses depois que sou líder, ainda estão nesse assunto? Pelo amor de Deus, é algo que não tem o mínimo de coerência, que é uma palavra que o governador Brizola tanto prezava”, declarou.

Possíveis filiações e próximos passos 

Paulinha foi pega de surpresa com a expulsão e, segundo ela, é preciso decidir com maturidade e equilíbrio quais serão os caminhos que irá tomar. A parlamentar, que integrou o PDT por 32 anos, afirma que não é uma pessoa que muda constantemente de sigla. "Escolher um partido político, para mim, é uma decisão séria e importante. Sou uma pessoa de projetos coletivos e não individuais, vou me aconselhar com pessoas que me querem bem e tem experiência na vida pública para escolher o meu rumo daqui em diante”, pontuou.

Sendo assim, a parlamentar alega ainda não ter certeza se irá se lançar nas eleições de 2022 para deputada estadual, federal ou qualquer outro cargo. Em relação a troca de partidos, ela destaca: “Não vou para um partido em que realmente não tenhamos viva a democracia e as liberdades de pensamento”.

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito