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Americanas: Especialistas analisam impactos do caso na economia

Discussão contou com economistas e representantes do setor do varejo e auditor-fiscal
Por Arthur Lessa Criciúma, SC, 02/02/2023 - 08:45 Atualizado em 02/02/2023 - 08:52

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O caso protagonizado pelas Lojas Americanas, em recuperação judicial, no Brasil continua rendendo, e rendendo muito. O que começou com uma inconsistência contábil de R$ 20 bi acabou se revelando num rombo financeiro de mais de R$ 40 bi. Por conta disso, o mercado está assustado, tanto o de investimentos quanto o de varejo, além da própria economia brasileira por preocupações em relação à grande cadeia produtiva que é ligada a uma empresa do tamanho das Americanas. 

Para desenhar melhor esse cenário, no primeiro 60 Minutos de 2023, Arthur Lessa convidou para o programa especialistas que discutiram os possíveis impactos e perspectivas desse caso. Foram eles o coordenador do curso de economia da Unesc, doutor em economia Thiago Fabris, o economista da Fecomércio SC Pedro Henrique Pontes, e o auditor fiscal da Receita Estadual e diretor de comunicação do Sindifisco SC Sérgio Pinetti. No vídeo abaixo você confere o vídeo com a análise e abaixo alguns pontos tratados. 

Economia brasileira

Para abrir o assunto, Fabris explicou o possível impacto da recuperação das Americanas na economia brasileira. Além da própria empresa, que tem muitos funcionários, emprega muita gente, existem também cadeias ligadas a ela, seja de serviços, de fornecedores ou de crédito. 

Varejo

O representante da Fecomércio SC, que representa todo o setor varejista de Santa Catarina, falou mais sobre o impacto nos empregos, tanto diretos quanto terceirizados. Quanto à rede de fornecedores, quando perguntado a respeito da possibilidade de alguns deles fecharem as portas em caso de rompimento de contrato, por ter muito da sua receita atrelado as Lojas Americanas, Pontes afirma que é um risco que existe, ainda não há um estudo da Fecomércio sobre esse tema, mas esse setor se ajusta naturalmente em situações como essa. Segundo ele, Não existe vácuo no varejo. Então, no caso de acontecer algum problema com um forncedor de uma produto, o mercado acaba se acomodando e outros fornecedores acabam surgindo para cobrir essa lacuna. 

Outro ponto ressaltado pelo economista é o impacto nos negócios que tem a rede como fornecedora. São pequenos comércios que, ou aproveitam a visibilidade e a estrutura logística das Lojas Americanas para realizar suas vendas pela internet, ou compram produtos de por lá para revender na própria loja física.

E a auditoria?

Sobre as falhas cometidas no processo de auditoria dos demonstrativos financeiros, que deu início à fase pública e notória do caso, Pinetti relembrou que esse caso não é novo nem exclusividade do Brasil. Entre os principais casos registrados na história está a fraude da empresa norte-americana Enron, que deu origem a diversos livros e filmes, entre eles uma comédia estrelada por Jim Carrey. À época, a Enron empregava cerca de 21 mil pessoas, tendo sido uma das empresas líderes no mundo em distribuição de energia electricidade e comunicações, e pediu concordata (semelhante a recuperação judicial) com US$ 13 bi além de denúncias de fraudes contábeis e fiscais.

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