Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Amandio responde sobre relação com empresário envolvido na CPI dos Respiradores

Atual secretário da Casa Civil foi mencionado na sessão da CPI de terça-feira, após manter conversa com Samuel Rodovalho, que teria negociado equipamentos na China
Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 25/06/2020 - 07:52 Atualizado em 25/06/2020 - 07:53
Amandio está na Casa Civil desde o dia 11 de maio (Foto: Arquivo / Divulgação)
Amandio está na Casa Civil desde o dia 11 de maio (Foto: Arquivo / Divulgação)

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

A última sessão de oitivas da CPI dos Respiradores, que ocorreu na tarde de terça-feira, 23, respingou na chefia da Casa Civil. O secretário Amandio Júnior foi citado pelo relator Ivan Naatz (PL), que mostrou uma foto do empresário Samuel Rodovalho em uma conversa com o titular da pasta, que substituiu Douglas Borba - acusado de participação direta em fraude na compra dos respiradores - na Casa Civil de Santa Catarina. Na noite de quarta-feira, a secretaria emitiu uma nota sobre o caso.

"A foto que faz referência a mim na CPI se trata de uma reunião via web para apresentação de um projeto de Drive Thru para testes do Covid 19 na cidade de Florianópolis, que também foi apresentada para a ACIF e outras entidades empresariais em outras oportunidades, sem a minha presença. A foto é da data de 22/4/2020. Um negócio privado, transparente e que acabou não acontecendo. Destaco que neste período eu não exercia qualquer cargo público e atuava, como minha vida inteira, na iniciativa privada. Desde 22/4/2020, nunca mais mantive contato com Samuel Rodovalho. Infelizmente a CPI busca, mais um a vez, desvirtuar os fatos", manifestou Amandio.

Samuel Rodovalho era representante de uma empresa panamenha que teria negociado 100 respiradores mecânicos com a China, no episódio de compra do governo com a Veigamed, empresa carioca. Foi Samuel quem mencionou, por mensagens, o governador Carlos Moisés, em três oportunidades. Também partiu de Samuel a existência de um suposto pedido de propina de R$ 3 milhões na negociação.

Em depoimento à CPI, Samuel explicou que equivocou-se ao mencionar Carlos Moisés e que o governador não teria conhecimento da compra dos respiradores com a Veigamed. Sobre o pedido de propina, ele disse que era condição de outro empresário envolvido no negócio, chamado César Augustus. Samuel deu a mesma versão que Amandio sobre o encontro por vídeo conferência que manteve com o atual secretário e disse que trata-se de um "amigo informal".

Sandro Yuri Pinheiro, atual chefe de gabinete da Casa Civil e ex-servidor da secretaria de Desenvolvimento Sustentável, participou dessa conversa com Samuel e Amandio. Ele também emitiu nota de resposta e afirmou que não exercia nenhum cargo público na época do encontro virtual.

“Em relação à menção que o Sr. Samuel Rodovalho fez sobre minha participação em uma videoconferência com ele no dia 22/04, cabe esclarecer que naquela data eu não era mais servidor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Importante dizer, ainda, que estávamos em uma reunião para apresentação de uma solução de testes para a Covid 19, negócio privado que estava sendo ofertado a empresários da cidade de Florianópolis, não tendo nenhuma relação com qualquer negócio voltado ao setor público. O negócio não teve sequência, e não tive mais nenhum contato com o Sr. Samuel, com o qual não tenho nenhuma relação de amizade”. 

Amandio deverá ser chamado a depor na próxima terça-feira, quando a CPI dos Respiradores retorna com as oitivas. Nesta quinta-feira, os nove deputados integrantes da mesa reúnem-se para deliberações. 

Tags: respiradores

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito