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Alguns com máscara, outros se exercitando... o povo na rua

No feriado em que o comércio não se arriscou, uma reflexão sobre o momento da economia e da pandemia
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 01/05/2020 - 17:14 Atualizado em 01/05/2020 - 17:27

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A timidez do comércio se justificou com a pouca presença das pessoas nas ruas. Ou vice-versa. Seja como for, o feriado do primeiro dia de maio, dedicado aos trabalhadores, foi de pouca gente trabalhando mas cada vez mais pessoas circulando. Seja para as caminhadas, ou para matar um tempo na praça, ou ainda aquela circulada pelas ruas quase vazias, tudo isso conduzido por carros para lá e para cá. A lembrar que os supermercados também estiveram recebendo suas clientelas.

Logo, esse mix de feriadão com quarentena impôs algumas reflexões: os trabalhadores, têm o que comemorar? O comércio, acertou em abrir mão da data na busca sedenta por uma reação? E as pessoas, estão certas em sair às ruas? Mesmo com as recorrentes recomendações de resguardo, em uma Criciúma com mais de 130 casos de Covid-19, mas com mais de seis dezenas de pacientes recuperados.

Pedro Benedet vazia nesta sexta

Nada a comemorar

Com base no desemprego reinante, e que aumenta a cada dia, os representantes dos trabalhadores entendem que pouco há o que comemorar nessa entrada de maio. "As medidas provisórias editadas pelo Governo Federal, com a suspensão de contrato de trabalho, reduziram drasticamente os salários e atingiu as férias e o 13o salário. A redução da jornada e dos salários e perda dos empregos estão aí, como ocorre no nosso segmento e nos demais também", destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Ceramistas de Criciúma e Região, Itaci de Sá.

Tinha gente trabalhando em obra no Centro nesta sexta

Comércio em dificuldades

Sobre o comércio, uma pesquisa realizada entre os lojistas apontou que a maioria não avaliava viabilidade na abertura nesta sexta-feira. "O resultado do dia 21 de abril foi muito ruim. Teve lojas nas quais não entrou um cliente sequer", contou o presidente do Sindilojas, Renato Carvalho. Por agora, a opção dos lojistas foi por centrar forças em uma data visando as vendas para o Dia das Mães. "Na pesquisa, a maioria apontou que seria melhor abrir as lojas em apenas um Sábado Mais de maio, no dia 9, véspera do Dia das Mães", destacou.

Alguns poucos pedestres na Praça Nereu Ramos

Pelo que observou a reportagem do 4oito, apenas quatro lojas da área central abriram as portas nesta sexta: uma loja de artigos religiosos na Rua São José, uma de roupas íntimas na Rua Getúlio Vargas, uma de artigos importados na Marechal Deodoro e uma de malhas na Henrique Lage. "A situação está muito difícil para o nosso comércio, e não temos previsões muito otimistas", reconheceu Carvalho.

E a quarentena?

E as pessoas nas ruas? Boa parte ainda usa máscara, mas ficou uma clara impressão, na espiada de feriado entre os pedestres da área central, que houve um certo relaxamento. Alguns dos que praticavam caminhadas e corridas, obviamente, deixavam as máscaras de lado, afinal a respiração da atividade física individual assim exige. Mas alguns idosos conviviam, passeavam e interagiam também sem os itens tão indispensáveis.

Aquela caminhada no entorno da Praça do Congresso

Para compensar, o Centro de Triagem dos arredores do Hospital São José também estava vazio, a exemplo do comércio. O trãnsito, se não era intenso, também não era nulo. O vai e vem de carros, motos e bicicletas era evidente, bastante gente nas ruas para aproveitar o dia de sol e tempo bom.

Tags: coronavírus

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