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A suspensão dos testes da vacina de Oxford e as dúvidas sobre a russa

Pneumologista Renato Matos comenta os estudos em torno das vacinas da Covid-19
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 09/09/2020 - 09:31 Atualizado em 09/09/2020 - 11:38
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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Entre as maiores expectativas da população com relação à pandemia é a descoberta de uma vacina. Duas são as mais faladas no momento: a de Oxford e a russa. 

Em processo mais avançado, os testes da vacina desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca foram suspensos temporariamente porque o protocolo de segurança foi acionado após um dos voluntários no Reino Unido apresentar reação adversa que pode estar vinculada à vacina. 

O pneumologista, Renato Matos, comentou o assunto no Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior. “Sempre gosto de comparar o teste de vacinas com futebol: treino é treino; jogo é jogo. As fases 1 e 2 são treinos. A fase 3 é o jogo. O time é muito bom, mas não ganha, então é mais ou menos parecido. As grandes vacinas estão entrando agora na fase 3, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, que foi um balde de água fria esta suspensão temporária da vacina de Oxford, que é a vacina que talvez seja a que está mais avançada e é esta que o ministro da saúde havia conversado e feito parceria com a FioCruz. O Brasil já liberou em torno de R$ 2 bilhões para a confecção desta vacina aqui no Brasil também. Houve um caso de alteração neurológica, são em torno de 30 mil pessoas que estão sendo testadas no mundo e esta fase 3 foi suspensa isso porque existe um comitê independente que avalia a presença de algum efeito colateral potencialmente grave até que se decida o que aconteceu os testes são suspensos”, disse.

Vacinas precisam passar por três fases de testes

Paralisação importante

A paralisação dos testes, diz o médico, o deixa feliz, pois comprova a seriedade do estudo. “Esta é uma situação que nos deixa contentes ao contrário do que se possa imaginar, porque mostra a seriedade. A quantidade de dinheiro que está sendo envolvida é fantástica, o que tem de nome de empresa envolvida, por causa de um paciente eles suspendem até que se esclareça melhor isso, se teve relação ou não com a vacina é algo que nos traz, como médico, segurança. Então nós vamos ter uma vacina realmente segura quando for liberada”, falou.

A vacina russa

Já sobre a vacina desenvolvida na Rússia, Matos não diz a mesma coisa. “Não é o que acontece com a vacina russa. Ela foi lançada no mercado de uma certa maneira, sem nenhum trabalho que desse suporte. Eles já estão vacinando a população e isso não é o que esperamos. Imagine se esta vacina de Oxford tivesse a situação, estivesse vacinando e depois tivéssemos efeitos colaterais importantes? Hoje, se eu fosse escolher uma vacina, certamente escolheria a de Oxford que qualquer outra, até que as outras mostrem que realmente são seguras. Esta é a prioridade número um. Hoje temos perspectivas boas de vacinas, mas ainda estamos na fase saindo do treino para jogar a partida de verdade”, citou.

Vacina russa gera dúvidas no mundo todo

Falta de tradição

A falta de tradição é um dos pontos comentados para o surgimento de dúvidas. “A Rússia não tem tradição mundial na pesquisa médica. Qual a medicação russa que nós temos hoje? Remédio para qualquer coisa? As coisas são feitas de forma muito escondida. Não foi provada a segurança a real eficacia e eles já estão aplicando na população. Ninguém é contra, tomara que ela seja segura, mas é preciso ter dados para ter esta certeza, mas estes dados não são mostrados”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra:

Tags: coronavírus

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