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A síndrome do ioiô no futebol catarinense

Desde 2011, foram nove rebaixamentos dos clubes de Santa Catarina, que no ano que vem pela primeira vez desde 2001 não terá representante na elite do futebol brasileiro
Por Heitor Araujo 09/12/2019 - 15:40 Atualizado em 09/12/2019 - 15:41
Tigre decepcionou e amargou a vice-lanterna na Série B deste ano (Foto: Jota Éder / Timaço / Rádio Som Maior)
Tigre decepcionou e amargou a vice-lanterna na Série B deste ano (Foto: Jota Éder / Timaço / Rádio Som Maior)

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O ano de 2019 foi o pior para o futebol catarinense nos últimos anos. Das quatro equipes nas duas principais divisões do futebol brasileiro, apenas o Figueirense não foi rebaixado. Como legado, em 2020, pela primeira vez desde 2001, Santa Catarina não terá um representante na elite do futebol brasileiro.

Mesmo nos anos de ouro do futebol catarinense, entre 2014 e 2017, quando pelo menos dois clubes permaneciam na Série A, inclusive com campanha de destaque da Chapecoense em 2017, com o 8ª lugar, Santa Catarina acostumou-se a ver seus clubes rebaixados. Nas últimas nove temporadas, foram nove rebaixamentos. Nesse período, em cinco anos os clubes catarinenses foram lanternas: Avaí em 2011 e 2019, Figueirense em 2012, Criciúma em 2014 e Joinville em 2015.

A síndrome do ioiô parece assombrar os catarinenses na elite. Talvez o clube que melhor simbolize isso seja o Avaí: foram três rebaixamentos e três acessos nos últimos seis anos. Para o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubinho Antelotti, as condições geográficas e econômicas são os principais entraves para o sucesso do futebol de Santa Catarina.

"Nós não temos metrópoles. É muito difícil para os nossos clubes manterem-se na Série A, pela receita que eles têm. Diferentemente de Porto Alegre e Curitiba, que são grandes metrópoles e têm os grandes clássicos. Aqui, no máximo a gente tem de público no estádio é de 15 mil pessoas. A arrecadação dos clubes é pequenas e também é pequena a receita que vem da TV. Se manter na Série A é muito difícil. Passamos pela Série A, damos uma voltinha lá e retorna para a B', disse Angelotti em entrevista ao Programa Adelor Lessa no começo de dezembro.

Apesar dos constantes rebaixamentos na Série A, a Série B costuma ser melhor para os clubes do Estado. No entanto, até a segunda divisão foi penosa para o futebol catarinense neste ano. Além do rebaixamento melancólico do Criciúma, o Figueirense escapou no detalhe de um traumático rebaixamento para a Série C, em uma temporada em que teve até derrota por W.O por falta de pagamento aos jogadores.

"O Joinville caiu da A para a D. É a maior cidade do Estado, industrial. Os empresários não colaboram mais, todos acham que o futebol está muito profissionalizado e gira muito dinheiro. As empresas não ajudam mais os clubes e eles têm quie se manter sozinhos. Com exceção do Criciúma, todos os times têm dívidas. A Chapecoense passa por um momento terrível. O Figueirense teve momento muito ruim neste ano, com a antiga empresa que administrava o clube",  avaliou Angelotti.

Sem representantes na Série A, em 2020 Santa Catarina terá três times na Série B (Avaí, Chapecoense e Figueirense), dois na C (Brusque e Criciúma) e um na D (Joinville). Resta saber se o Tigre conseguirá fazer valer a camisa e conquistar o acesso de volta à Série B e se o Leão da Ilha manterá a escrita de acessos na Série B. Ou, quem sabe, o Brusque repita a escrita da Chapecoense e consiga uma ascensão meteórica no futebol brasileiro. 

Catarinenses na Série A, desde 2011:
2011 - Avaí 20º e Figueirense 7º
2012 - Figueirense 20º
2013 - Criciúma 14º
2014 - Criciúma 20º, Chapecoense 15º e Figueirense 14º 
2015 - Joinville 20º, Avaí 17º, Figueirense 16º e Chapecoense 14º
2016 - Figueirense 18º e Chapecoense 11º 
2017 - Avaí 18º e Chapecoense 8º 
2018 - Chapecoense 14º
2019 - Avaí 20º e Chapecoense 19ºA s

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