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A "pescoçuda" apareceu no Sangão

Máquina para limpeza de rio era uma reivindicação da comunidade
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 05/07/2019 - 18:45 Atualizado em 05/07/2019 - 18:50
Máquina trabalhou nesta sexta em um braço auxiliar do Rio Sangão / Divulgação
Máquina trabalhou nesta sexta em um braço auxiliar do Rio Sangão / Divulgação

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Há quase um mês, em 13 de junho, a comunidade do Bairro Sangão, em Criciúma, reuniu-se para protestar. Fecharam a Rodovia Jorge Lacerda reclamando pavimentação de ruas e desassoreamento do Rio Sangão. Eles havia sofrido, fazia poucas semanas, com a elevação do leito do rio em um temporal, o que atingiu dezenas de residências e causou estragos.

Entre os cartazes carregados pelos populares chamou a atenção um com a pergunta: "Cadê a pescoçuda?". "A pescoçuda é a máquina que a prefeitura comprou faz um tempo, anunciou com muita pompa, para vir limpar o rio", confirmou o presidente da Associação de Moradores do Bairro Sangão, Diego Selau. "Fizeram o cronograma com a pescoçuda, apresentaram, mas não executaram. Foi muito comemorada essa máquina, é uma máquina com braço mais longo e consegue fazer o serviço", destacou.

Havia, segundo o presidente, um cronograma apresentado no ano passado pelo qual o Rio Sangão seria limpo pela máquina em janeiro. Pois a pescoçuda finalmente apareceu. Nesta sexta-feira, 5, pela manhã, a máquina foi vista trabalhando no Sangão.

"Mas não no rio diretamente, mas sim em um braço lateral dele", observou Selau. "É numa rua que vai em direção à Cidade Alta (bairro vizinho, que pertence a Forquilhinha). Trabalhou o dia inteiro, mas vai trabalhar mais uns dias, acreditamos", apontou o presidente. "Estão tirando e fazendo com o rejeito um aterro do lado. Esse braço que está sendo limpo vai melhorar um pouco a situação da vazão da água, mas não vai resolver ainda. Se vier uma bomba d'água, o rio sai da calha de novo", relatou o líder comunitário, preocupado.

No rio, uma obra cara

A secretária municipal de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, Kátia Smielevski, atesta que o desassoreamento do Rio Sangão não é uma obra simples, requer custos elevados, cuidados ambientais e até licenças especiais. "Houve um trabalho de desassoreamento ali entre 2010 e 2011, fizemos um trecho de sete quilômetros entre o Sangão e o Verdinho, o trabalho na época custou R$ 5 milhões, recursos que captamos junto ao Ministério da Integração Nacional", lembrou. 

"Ocorre que o rio tem rejeitos de carbono e diferente de outras valas, em que tiramos o detrito e depositamos no local fazendo modelamento, no Rio Sangão tudo o que se retira tem que ser estocado em um depósito de rejeitos. Tudo o que se retira tem que ser feito com balsa, pela largura do rio. Temos que ter esse espaço para o material de rejeito", reforçou.

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