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Afinal, o KISU11 é um fundo Passivo? Ativo ou ETF de Fundos Imobiliários?

Fundo gerido pela Kilima segue índice da SUNO.
Por Rodrigo Colombo 18/02/2022 - 09:36 Atualizado em 13/04/2022 - 13:47

Quando o KISU11 chegou ao mercado, causou certo desconforto aos investidores, isso porque o ninguém conseguia entender se ele podia ser considerado um ETF ou um Fundo Imobiliário. A segunda dúvida era se ele era um fundo ativo ou passivo, sendo que seguia as regras de um índice.

Primeiro de tudo, o que é um ETF? Um exchange-traded fund, ou fundo de índice, é um fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação. Um ETF também pode ser chamado de fundo de índice. A maioria dos ETFs acompanham um índice, como um índice de ações ou índice de títulos.

Eu já comentei aqui no blog sobre como funciona um índice, nesse artigo aqui.

Agora voltamos ao KISU11, ele não é um ETF.

Pra ser um ETF ele precisaria seguir a risca como o Índice funciona, sempre que algum fundo entrasse ou saísse ele deveria alterar a sua carteira na mesma hora, isso daria problema.

O KISU11 é um fundo imobiliário com gestão ativa, a gestão tem alguns poderes além do SUNO30.

As mudanças na carteira do KISU11

Quando o ETF SUNO30 coloca ou retira um novo ativo na carteira teórica, ativa um alarme para o gestor do KISU11, esse alarme avisa que o fundo precisa ser adicionado ao fundo imobiliário.

A gestão ativa entra nesse momento, quando ele pode escolher o melhor momento para fazer a compra ou a venda.

Se ele visualizar que o momento é bom, poderá comprar na hora e se igualar ao índice, caso queira esperar mais algum tempo ele também pode.

Esse é um pedaço do relatório gerencial do fundo: É importante notar que a grande emissão do KISU11 em julho/21 pressiona cada vez menos o seu preço no mercado secundário. De qualquer forma, lembramos que o mandato do gestor é gerar valor para o fundo e seus cotistas no médio e longo prazos através do valor patrimonial ajustado. Para os próximos períodos, estamos confortáveis com os níveis de dividendos que serão distribuídos no novo patamar de distribuição anunciada em janeiro/22. Salientamos os lucros represados no caixa para distribuições futuras e a baixa dependência de ganho de capital para geração de caixa (pág. 3 e acima). Continuamos buscando oportunidades para aumentar a exposição em MCCI11, mas entendemos que os níveis atuais de alocação são saudáveis para a estratégia do fundo.

É visível que ali fala sobre o gestor estar ali para gerar valor aos cotistas e também sobre um novo movimento no MCCI, exatamente por isso, ele tem poder para esperar ou executar a ordem que chegou.

É bom lembrar que ele não pode simplesmente dizer que não vai comprar o ativo, se ele gosta ou não daquele ativo terá que comprar igual.

Ele pode esperar pelo melhor momento, mas em em alguns dias precisará executar a ordem independente do movimento, para se enquadrar ao índice.

O problema do KISU11

Nâo é bem um problema, mas pode acontecer do fundo tomar prejuízos em alguns meses impossibilitando o pagamento de dividendos.

Esse ponto é dificil de acontecer, mas dependendo do fundo que sai da carteira o gestor pode não ter escolha e vender no prejuízo.

Depois que o índice começa a rodar, ele não muda tanto e acaba fixando ativos lá dentro que nunca sairão, mas é bom saber que isso pode acontecer sim.

Em 1 ano e 1 mês de vida o fundo imobiliário teve uma rentabilidade negativa de -11,87%, seguindo o IFIX que é o índice geral do mercado de FIIs que fechou nesse mesmo período em -3,25%.

Em rendimento o fundo está rodando muito bem, entregou 8% nesse mesmo período.

O detalhe está na variação da cota que caiu bastante e impactou o resultado final.

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