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Viúvo é ordenado sacerdote em Sombrio

Vânio Margutti Pereira, 57 anos, passa de diácono para o sacerdócio
Por Redação Sombrio, SC, 12/05/2019 - 18:01 Atualizado em 12/05/2019 - 20:05
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A igreja matriz Santo Antônio de Pádua, em Sombrio, ficou repleta de fiéis na tarde deste sábado, 11, por ocasião da missa com o rito de ordenação sacerdotal do até então diácono Vânio Margutti Pereira, 57 anos. Viúvo há mais de sete anos, o neo sacerdote encontrou no Bispo Diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach,  o apoio para abraçar a vocação que sentiu despertar ainda na infância e que o levou a uma experiência no seminário quando tinha 19 anos. A ordenação seguiu o rito normal, comum a todos os sacerdotes ordenados pela Igreja. 

Preparado para o ministério

A apresentação do candidato foi feita pelo pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, padre Antonio Mendes, e o testemunho dado pelo padre Valmor Della Giustina, hoje missionário da Diocese de Criciúma na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Witmarsum (SC), Diocese de Rio do Sul. Padre Valmor já conhecia Vânio de longa data, pois era primo de sua falecida esposa, Eliane, e recordou a dedicação de Vânio à Igreja durante o tempo em que esteve a frente da Paróquia em Sombrio, muito especialmente com relação à Irmandade de São Sebastião. Padre Valmor destacou o espírito de liderança aliado à simpatia e ao dom de valorizar o que há de bom em cada pessoa, a maturidade cristã de Vânio diante das adversidades, sua responsabilidade e entusiasmo para com a pastoral. “O entusiasmo talvez seja sua virtude principal e que o mundo tanto precisa: a alegria em fazer as coisas pela Igreja, pela convivência com as pessoas. Isso contagia e é muito importante para o mundo e para a Igreja: que o padre seja um homem da escuta, um homem da oração e um homem que valoriza a pessoa humana”, frisou padre Valmor.

Ser um bom pastor 

Em sua homilia, Dom Jacinto frisou a figura do Cristo Bom Pastor, apresentada na liturgia, que iluminou o lema escolhido para o ministério sacerdotal: “O Senhor é meu pastor e nada me falta” (Sl 22,1). O Bispo recordou sua participação recente na Assembleia Geral da CNBB e a necessidade da Igreja em se tornar, cada vez mais, missionária. “Para fazer uma Igreja missionária, é preciso um coração de pastor. Este Evangelho, diácono Vânio, é muito importante para ti e para todos nós. A unidade é o grande sinal da presença de Deus em nosso meio. Nesse espírito, nós queremos que tu sejas um bom pastor, conheças as pessoas que serão confiáveis a ti, na tua vida e missão. Queremos nos alegrar no dia de hoje e que o Bom Pastor esteja no teu coração; e com a tua história, em que um pai de família, viúvo e que poderia dizer, a essas alturas, ‘eu já trabalhei muito e agora vou descansar’, vem perguntar ‘aonde posso servir mais, ainda?’ Te acompanho há todos esses anos e sei com que luta e sacrifício estudastes, te preparando nesses cinco anos. Com tua família, junto a tua filha, tua mãe, me alegro muito com vocês, e também com todo o povo. Este fato de tu seres ordenado diácono é certamente um sinal de que para Deus não existe tempo, não existe aquilo que nós escolhemos, muitas vezes, mas o que Ele escolhe, chama e envia”, disse Dom Jacinto, recordando os testemunhos de Abraão e Moisés, que tiveram sua missão trabalhada por Deus já com mais idade.

O rito da ordenação

Após a homilia, o diácono fez o diálogo de compromisso e prostrou-se diante do altar, durante a ladainha de todos os santos. O candidato foi ordenado presbítero com a imposição das mãos do bispo sobre sua cabeça e a oração consecratória. Em seguida, foi revestido com os paramentos sacerdotais, com auxílio dos padrinhos e da filha, Vanéli, de 34 anos. Padre Vânio teve as mãos ungidas com o óleo do Crisma e enlaçadas pelo Bispo; as mesmas foram desamarradas por sua mãe, dona Ilda, que, junto a neta, recebeu a primeira bênção do neo sacerdote. Em seguida, padre Vânio recebeu o cálice e a patena.

Padre Vânio agradece

Após a ordenação, a celebração prosseguiu com o rito normal da missa. Ao final, o recém ordenado padre Vânio fez uma série de agradecimentos aos padres, diáconos, religiosos e religiosas, às paróquias de Sombrio, Urussanga e Maracajá e aos diversos fiéis provenientes das diversas paróquias da Diocese; pastorais, movimentos, associações e a comunidade de sua terra natal. A celebração contou com a presença de pessoas de Gravataí (RS) e diáconos da Diocese de Novo Hamburgo (RS). “Agradeço à Santíssima Trindade, por tudo o que tem feito em minha vida e na vida de meus familiares. Agradeço à Virgem Maria, mãe de Deus e da Igreja, nossa mãe, por sempre ter atuado em minha vida e na de minha família, como uma grande mãe amável, prestativa e carinhosa. Agradeço de todo o meu coração ao Bispo de nossa Diocese, Dom Jacinto, pela confiança, pelo carinho e pelos ensinamentos que sempre me sustentaram. E continuo com a minha promessa: nunca vou decepcioná-lo; serei um bom padre, como o senhor sempre acreditou”, disse o novo sacerdote. Padre Vânio fez um agradecimento especial aos seus familiares, citando sua mãe, sua sogra e sua filha, e recordou sua falecida esposa: “Ela foi a semente que morreu para que a minha vocação pudesse frutificar. Obrigado por tudo o que vocês têm feito por mim durante toda a minha caminhada. Eu tenho certeza de que, como padre, levando Jesus, os sacramentos, conversando, dando atenção, tenho certeza que vou contribuir bastante com todos aqueles que de mim precisarem. Muito obrigado de coração. Deus ama vocês e eu também!”, disse.

Livro é distribuído

Os membros da assembléia, ao saírem da igreja, foram presentados com exemplares do livro “O Homem das Duas Alianças”, escrito por Oníria Santos da Rosa, sobre a vida de padre Vânio. O povo foi recepcionado no ginásio do Colégio IEMES, com um coquetel de confraternização.

Emoção para mãe e filha 

Para a mãe de padre Vânio, dona Ilda Margutti Pereira, o momento foi de emoção. “É uma alegria muito grande saber que vou ter um filho padre, ele que desde pequeno queria ser padre, tinha no coração este sentimento. É muito bom. Sei que está bem amparado e que fará tudo o que puder pela Igreja, para Deus e para Nossa Senhora, de quem é tão devoto”. A filha, Vanéli, também se emocionou ao ver realizado o sonho do pai. “É uma emoção que não tem explicação. Desde criança, eu sempre soube que ele foi seminarista, que sempre foi envolvido com a Igreja e agora está sendo entregue a ela, definitivamente. É incrível e maravilhoso ver a alegria e a realização dele. Estou muito feliz!”, declarou.

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