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Unesc desenvolve estudo técnico sobre leito do rio Criciúma

Resultados apontaram má qualidade da água
Por Redação Criciúma, SC, 20/11/2019 - 15:39
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A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, até 2030, quase 70% da população mundial habitará em grandes centros urbanos. Com o aumento da população nas cidades, recursos naturais, como a água, requerem uma gestão sustentável alinhada ao desenvolvimento humano e a expansão urbana.

Auxiliar no entendimento destes aspectos é o objetivo da análise socioambiental, que contempla interações entre os meios socioeconômico, ambiental e urbano. “Conhecer a dinâmica ambiental urbana é o primeiro passo para uma gestão ambiental sustentável, e o Diagnóstico Socioambiental se apresenta como ferramenta fundamental para identificar e analisar estas características socioambientais em grandes centros, como Criciúma”, explicou o coordenador do Centro de Pesquisa e Estudos Ambientais (CPEA) da Unesc, Sergio Galatto. O CPEA fica localizado no Parque Científico e Tecnológico (Iparque) da Unesc.

E a maior cidade do sul catarinense está na direção da gestão harmoniosa entre meio ambiente, desenvolvimento humano e urbano. A Unesc realizou recentemente, a pedido da Prefeitura de Criciúma, o Diagnóstico Socioambiental do leito principal do Rio Criciúma. “A área estudada é de grande importância para o município, visto que o rio Criciúma está inserido na área central da cidade, transpassando vias municipais importantes, como a Avenida Centenário”, colocou o coordenador. “Conhecê-lo é fundamental para que o município possa crescer sem agredir o meio ambiente”, completou Galatto.

Equipe multidisciplinar preparada

O diagnóstico socioambiental foi desenvolvido pelo CPEA, e contou com uma equipe multidisciplinar preparada para o trabalho. “Temos uma equipe técnica composta por biólogos, geólogo, advogado, engenheiros ambientais, civis, agrimensores e de segurança, administrador, historiador e arquiteto. O trabalho em equipe foi o que possibilitou a elaboração do estudo técnico”, comentou Galatto.

O estudo foi elaborado em conformidade com o Parecer Técnico n° 34/2014 do Ministério Público Estadual de Santa Catarina, e analisou informações socioeconômicas, ambientais e jurídicas das margens do leito principal rio Criciúma. “Com isso, pode-se gerar um parecer técnico sobre as questões ambientais de maior relevância, tais como áreas prioritárias para conversação, ocupações de risco e fontes de poluição, dentre outros elementos que compõem a base da gestão ambiental urbana”, elencou o especialista. 

O Diagnóstico Socioambiental do leito principal do rio Criciúma vai servir como ferramenta norteadora para o planejamento e desenvolvimento urbano sustentável e será suporte para uma gestão ambiental responsável do município.

Resultados apontam má qualidade da água

Os técnicos do CPEA percorreram todo o leito principal do rio Criciúma, das nascentes até a foz. “Os trabalhos identificaram uma série de pontos de fontes de poluição, dentre os quais destaca-se a descarga de esgotamento sanitário e de resíduos domésticos no leito do rio”, afirmou o coordenador do CPEA, Sergio Galatto. O estudo também encontrou a possibilidade de riscos ambientais. “Identificamos uma pequena porção de área com potencial risco de alagamento”, alertou o profissional.

Os resultados apontaram a péssima qualidade da água do rio Criciúma em todos os indicadores utilizados. “A água do rio Criciúma não apresenta qualidade para uso doméstico ou industrial, de acordo com a resolução nº 357/2005 do Conama”, garantiu Galatto.

O ponto do rio que apresenta qualidade superior ao resto do rio está localizado próximo a nascente, ainda que o resultado obtido no local seja de “Qualidade duvidosa”, de acordo com o BMWP (Biological Monitoring Working Party) e “ruim”, segundo o IVA/IPMCA (índice de Preservação da Vida Aquática/Índice de Variáveis Mínimas para a Preservação da Vida Aquática).

Para o coordenador do CPEA, a condição atual da qualidade da água reflete um histórico de poluição e má administração do leito do rio Criciúma. “Um longo período com descarga de resíduos levando a degradação da água e perda de organismos fundamentais para o equilíbrio ecossistêmico”, explicou. “Ainda precisamos somar a pressão que o ambiente ao redor exerce sobre o corpo hídrico, transformando o rio em um ambiente insalubre”, complementou Galatto. 

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